sexta-feira, 30 de maio de 2008

TODA (DES)GRAÇA DE UM MUNDO NADA PERFEITO

TODA (DES)GRAÇA DE UM MUNDO NADA PERFEITO
(Autor: Antonio Brás Constante)

Existem mundos feitos de defeitos, mundos de ficção real que podem conter pedaços de descasos municipais, traços de tramóias em nível estadual, fatias de falcatruas federais, ou até corrupção em uma outra constelação.

Mas como seria um mundo nada perfeito? Provavelmente ostentaria placas luminosas logo na entrada de seu território, fazendo troça da lastimável situação de infortúnio da população, utilizando dizeres do tipo: “capital da saúde”, berço fecundo para o nascimento de fraudes como estas que vem pipocando sobre o Detran. Ou pior: “capital da educação”, e como quem estuda precisa de merenda, então porque não aproveitar e se esbaldar nas verbas da merenda escolar? Afinal são somente crianças as diretamente prejudicadas (recebendo até comida estragada), e criança não vota (ainda). Mentiras expostas ao ar livre, que parecem tentar fazer rir para não chorar.

O ingrediente ideal para se criar um terrível mundo assim, partiria da máxima onde se diz que para iludir a população é necessário apenas circo e pão. Então por que não transformar o lugar em um circo recheado de festas, torrando e desviando grandes somas, para se fingir de administrador bacana enquanto mete a mão grana.

Que tal dar uns 500 mil para o trabalhador comemorar, outros 450 mil para manter a tradição de gastos em festas neste lugar, e mais 800 mil para o carnaval (desse montante deixem que roubem uns poucos 300 mil que ninguém vai notar, basta inventar uma desculpa esfarrapada e ficará tudo explicado, a administração pública só dá o dinheiro, não tem qualquer obrigação de cobrar dos culpados, quem sabe festejar com eles então...).

Melhor seria aproveitar a farra do dinheiro público e deixar os empresários também felizes, não todos, apenas alguns afortunados, pagando viagens através do mundo com dinheiro suado do pobre assalariado, que nem transporte decente tem para ir trabalhar, estando sujeito a todo desconforto que o transtorno implantado possa causar. Mas, na referida viajem “negocial” não iriam apenas os desfavorecidos sociais de cunho empresarial, iria também com eles, a tiracolo, o primeiro gestor do lugarejo juntamente com seu amigo e candidato ao novo mandato. Tudo muito superfaturado, pois o importante é faturar. Mas... E o povo? O povo que vá trabalhar!

Enfim, a sordidez e a roubalheira reinam em todos os recantos onde possam existir estes abomináveis mundos nada perfeitos. Porém, novas eleições se aproximam, e mais do que lavar calçadas como provas de desagravo (gesto nobre e aprovado), nós devemos faxinar é com o voto, e retirar estes mercenários do cenário político, onde por tanto tempo já parasitaram. Quem sabe se buscarmos a ajuda de algum santo que saiba enfrentar dragões? Vamos eleger um são Jorge guerreiro para mudar os rumos desta deplorável situação. Não precisa nem ser o atarefado santo. Basta apenas ser um Jorge com vontade trabalhar. E salve Jorge!

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sábado, 24 de maio de 2008

MACHISTA ATÉ AS COSTELAS

MACHISTA ATÉ AS COSTELAS
(Autor: Antonio Brás Constante)

O machismo não faz parte das origens da natureza do homem, mas foi muito bem plantado e implantado a esta natureza até ficar fortemente enraizado na cultura masculina (e feminina), parecendo que já nascemos com ele em nosso DNA. Podemos dizer que o feminismo foi uma conseqüência, ou melhor, uma resposta à repressão imposta pelo machismo, algo do tipo: “foram vocês que começaram, agora agüentem”.

Os pensamentos machistas podem ser encontrados em muitas culturas e até mesmo em alguns lugares considerados sagrados. Por exemplo: Se olharmos o Gêneses, do antigo testamento, veremos ali relatado que foi primeiramente o homem que pariu a mulher, utilizando uma de suas costelas (imaginem então se a mulher tivesse sido produzida a partir de um naco de filé mignon).

Mas não faltariam aqueles que, se pudessem escolher, ao invés de dar vida à mulher iriam preferir fazer aquele belo pedaço de costela bem assadinha e estariam no paraíso até hoje, sem conhecer as delicias do sexo oposto ou mesmo o gostinho de uma maçã. Penso que talvez até já tivessem virado vegetarianos para poupar as próprias carnes dessa autofagia desvairada.

Provavelmente essa foi à única vez na história contata como metaforicamente verdadeira, que o homem fez tal proeza. Depois disso, o ato de dar a luz acabou sendo relegado à mulher, junto com muitas outras tarefas, tais como: juntar lenha, buscar frutas silvestres, cuidar dos filhos, limpar a caverna, etc. Mas o texto bíblico não pára por aí, logo em seguida acusa a mulher de se deixar enrolar por uma serpente (possível origem da expressão “língua de cobra”), colocando nela a culpa pela expulsão de ambos do paraíso.

Os dois então vieram parar aqui na Terrinha, um lugar já habitado por seres terrestres, pois não consta na continuação da referida história que Caim e Abel tenham retirado alguma de suas costelas, ou qualquer outra parte de seu corpo para dar origem ao resto da humanidade.

Recentemente pude ter acesso há alguns textos de cunho histórico da escritora Géssica Hellmann (excelentes textos), que discorrem sobre estas e tantas outras disseminações de preconceito (principalmente contra a mulher), em épocas passadas, como nos tempos da inquisição.

São textos sérios (diferentes dos meus) e bem fundamentados, que qualquer pessoa deveria ler para conhecer melhor a história da humanidade, e saber bem onde está amarrando seu burrinho. É sempre bom conhecer as origens políticas, sociais e religiosas do mundo em que vivemos, e como foram feitas as bases de muitas dessas crenças e padrões de comportamento, e principalmente, o preço que se pagou por isso.

Enfim, o machismo é uma erva daninha e venenosa, plantada por nossos ancestrais, mas ainda muito cultivada e consumida nos dias de hoje. Resta-nos trocar esta forma de cultura agressiva por algo que produza sementes de harmonia e bem-estar coletivos. Somos os agricultores responsáveis por um futuro melhor, e os maiores beneficiados pelas colheitas advindas de nobres atitudes.

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quarta-feira, 21 de maio de 2008

SER HEROI OU SER HUMANO?

SER HEROI OU SER HUMANO?
(Autor: Antonio Brás Constante)

Para quem está acompanhando as eleições americanas (que não é o meu caso), as cartas já estão postas na mesa (algumas ainda estão na manga, outras foram parar embaixo do tapete e outras ainda estão dentro da privada). Cartas que decidirão os rumos de uma das maiores nações de nosso pequeno mundo.

Nesta guerra violentamente pacífica, que está ocorrendo de forma democrática por lá, vemos a tentativa dos republicanos de novamente inserir um de seus “aguerridos” homens no centro do poder (com o apoio de Bush, um fardo que eles serão obrigados a carregar). Para alcançar este intento, resolveram apelar para um herói de guerra.

Sempre achei que a guerra não fazia heróis, fazia vítimas. Mas, com alguns milhões de dólares em publicidade através da mídia (este ser quase mitológico que consegue transformar monstruosidades em glórias), é possível demonstrar que existem heróis de guerra, só não sabem explicar muito bem que tipo de atos heróicos eles fizeram. Seguindo a linha de raciocínio que cria tais heróis, podemos dizer que, de modo geral, heróis são homens dispostos a erguer uma arma para servir e proteger, lutando contra outros homens também dispostos a servir e proteger, e que ganhe quem tiver o maior canhão.

Não faz muito tempo, os jornais anunciaram a ida de um desses príncipes britânicos para a guerra. Bem, na verdade noticiaram sua volta, já que sua ida e permanência por lá foram devidamente escondidas para preservar sua integridade física. Até porque, ninguém quer morrer numa batalha, e esta preocupação ganha peso, principalmente, se o alguém for um príncipe. As batalhas travadas por ele devem ter sido literalmente da nobreza contra a pobreza. E assim se fabricou um novo herói de guerra, pronto para governar o seu País, espelhando e refletindo suas ações de forma mais bélica do que bela.

Imagino se a história fosse diferente, onde o valor das pessoas fosse balizado pela paz que praticam e não pelo sangue derramado por suas mãos, já que toda guerra tem seu preço, enquanto a paz é inestimável. Príncipes demonstrando exemplos de vida, através de gestos em prol de seus semelhantes, lutando sem armas contra opressões e barbáries, munidos da inteligência e diplomacia que se espera que tenham.

Em um mundo assim, talvez os fracos aclamassem quem estivesse disposto a ouvir o seu clamor, alguém forjado para liderar e não apenas politicar. Neste utópico universo não haveria uma meia dúzia de heróis de guerra, mas milhares de anônimos de paz. Afinal, em um mundo tão cheio de ódio e violência, o que devemos esperar dos novos “lideres” mundiais? Que eles sejam heróis de guerra, ou que demonstrem ser humanos?

Gostaria de encerrar compartilhando com vocês mais um significativo passo em minha carreira de escritor, pois fui aceito como membro da AGES (Associação Gaúcha de Escritores). Deixo aqui registrado a todos os meus leitores e aos veículos de comunicação que divulgam minhas pérolas textuais, em especial ao amigo e escritor Oscar Bessi Filho, por seu apoio junto a AGES, o meu sincero muito obrigado!


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PICADAS VOADORAS

PICADAS VOADORAS
(Autor: Antonio Brás Constante)

Você sabe qual é o animal que anda matando mais seres humanos atualmente? Seria o tigre? O tubarão? O mico-leão-dourado? O escorpião? O leão? (bem, talvez o leão do imposto de renda, que devora boa parte de nossos rendimentos). Na realidade, podemos dizer que entre os primeiros da lista encontraremos o pequeno e irritante mosquito. Um vilão que assusta mais com seus zumbidos do que uma fera com seus rugidos. No topo de tal lista, acredito que iríamos encontrar o próprio homem.

Dizem que uma notícia ruim voa, e no atual caso da dengue, ela chega mesmo voando. O mosquito é um inimigo que realmente gosta de sangue, e que apesar de não ser usuário de drogas, também é chegado em uma picada. Alguns acham que a epidemia de dengue é mais uma das obras do PCC (picadores compulsivos costumazes), outros falam em se formar uma CPI (Comissão Parlamentar de Insetos, ou simplesmente, Caçada aos Pernilongos Indesejáveis), seja como for, este problema acabou se transformando no fim da picada (ou pior, no início das picadas). Um fruto da demora da conscientização coletiva da população e, principalmente, do descaso geral da administração pública.

Os mosquitos são voadores que todos gostaríamos que sofressem um apagão aéreo definitivo. Talvez o que falte para acabar com essa epidemia seja picar a pessoa certa, podendo começar pelo prefeito, depois o governador e aproveitar e ir picando todos os demais políticos que encontrar pelo caminho. Na história geral da humanidade, os governantes (de qualquer nível hierárquico) sempre pareceram querer manter focos bem definidos para população, focos de malária, focos de dengue, focos de febre aftosa, etc.

Esses insetos conhecidos como mosquitos e pernilongos, entre outros tantos nomes, não voam com graça, não cantam com graça, e mesmo textos acabam perdendo toda a graça quando o assunto é este surto de dengue. De qualquer modo, vale tudo para chamar a atenção para o problema, seja através do bom humor ou de mau-humor. Uma epidemia que anda matando mais do que antes assustava. Que ataca sem muitas chances de defesa. Que derruba homens, mulheres e crianças sem que haja uma infraestrutura adequada para atendê-los. Para combatê-la, a melhor arma é a prevenção. Cada local com água parada é um criador de mosquitos em potencial. Se cada um fizer a sua parte, o combate será bem mais efetivo.

Enfim, já que estamos em um ano eleitoral, vale lembrar que a diferença entre o mosquito da dengue e o eleitor, é que no caso do mosquito, é necessária apenas uma única picada para se fazer um grande mal ao indivíduo por ele picado, já no caso dos eleitores, são necessários vários de seus votos para eleger representantes que deixam de lado as necessidades de toda população.

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A HISTÓRIA REAL DE UM ANJO

A HISTÓRIA REAL DE UM ANJO
(Autor: Antonio Brás Constante)

Um anjo não é um ser mitológico com asas, mas é um ser de carne e osso que nos auxilia, ama, ampara, fazendo de nossa existência um lugar melhor para se viver. Este texto pretende falar sobre um desses anjos, uma mulher, que entre tantos nomes poderia se chamar de Ana, Maria, Tereza, Lecir, Edna, Regina, Solange, Érica, Madalena, Santina, Nelsi, mas que dispõe de um nome único, um nome que bem poderia ser realmente de um anjo.

Sua história começa no interior de um dos estados deste imenso País, mas precisamente na roça. Trabalho árduo que compartilhava com o resto de sua família. Ainda muito nova perdeu o pai. Família grande, de muitos irmãos e irmãs. O campo era seu pequeno mundo e o resto do universo uma incógnita.

Sua frágil figura de semblante sereno, ainda jovem foi desposada, iludida, tirada do seio de seu lar para viver o sonho das mulheres de sua mocidade, de poder se casar, quem sabe até partir para uma vida melhor. Triste ilusão, a inocência encontra a desilusão. O calvário do anjo começa. Quantos anjos já padeceram igualmente desta deprimente sina?

Na infelicidade do matrimonio sofreu desprezos, angústias, dores e desenganos, parindo seus filhos em meio a cruel abandono. Pela miséria passou, sem estudo, sem dinheiro, sem apoio. Uma de suas primeiras casinhas era pouco mais que um caixote. Quando chovia, colocava seu filho ainda bebê embaixo da mesa em um berço improvisado, pois as goteiras eram tantas que parecia não ter telhado. A mulher segurava sua outra criança, uma menina também pequena no colo, sobre a proteção de uma sombrinha velha, e ali ficavam até a chuva passar.

O mundo, agora gigante aterrorizante, bem que tentou minar suas forças. Ela apanhou tantas e tantas vezes da vida, mas mesmo assim seguiu em frente. Sem ter asas para voar, marcou seu destino com os próprios pés firmados no chão, forçando seu caminho de encontro ao futuro.

Catou quinquilharias que para outros era lixo, plantou, fez faxina, trabalhou como copeira, servente, costureira. Divorciou-se em um tempo em que ter a coragem de viver sozinha era algo mal visto e mal falado. Muitos dos amigos que pensava que tinha, viraram-lhe as costas por ela ter ousado este ato de liberdade.

Com muita luta esta mulher, meio anjo meio gente, conseguiu criar seus dois filhos, superando as dificuldades que eram lançadas diante de si. Hoje a menina que ela segurava nos braços em noites de temporal é gerente de banco, mãe e esposa dedicada, uma pessoa especial. E o bebê que era colocado embaixo da mesa para se proteger, também cresceu, virou pretenso escritor, e resolveu neste dia das mães contar um pouco da história desta mulher, sua mãe, seu anjo protetor. Um anjo de amor que poderia ter vários nomes, mas que para seus dois filhos se chama Valdira, ou simplesmente MÃE.

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NÃO ERAM DAMAS DE COPAS ERAM TRÊS DE PAUS

NÃO ERAM DAMAS DE COPAS ERAM TRÊS DE PAUS
(Autor: Antonio Brás Constante)

Viver realmente não é fácil, é muito pior do que disputar um dificílimo jogo de futebol, onde a maior ameaça pode não estar no gramado e sim na comemoração posterior, chegando nas formas mais desagradáveis possíveis e enganando olhares desatentos, com um resultado cruelmente exposto nas telas do mundo, que ficam acusando 3 x 1 no placar da fama (caso fosse 5 contra 1, nada disso teria acontecido...).

Falando um pouco sobre o enrolo envolvendo o jogador Ronaldo Nazário, fui informado através de confiáveis fontes fictícias que acabei de inventar agora, que alguns dias antes do escândalo com os imperceptíveis travestis, o fenômeno havia sido alertado por uma cartomante do risco que estava correndo. Ela leu sua sorte através das cartas dizendo-lhe para suspeitar da falsidade escondida nas damas de copas, e principalmente, ter muito cuidado com os três de paus (ou seriam damas de espadas?).

Como vivemos em um país bastante criativo e bem-humorado, toda esta história acabou até virando promoção de inverno em várias lojas, com ofertas do tipo: “leve três e pague somente dois”. O problema é que os consumidores andam preocupados, por desconfiarem que estão levando gato por lebre, algo que não daria ibope ou terminaria na delegacia, mas que certamente poderia aumentar as filas do PROCON.

Um fato positivo é o de que agora as mulheres, de um modo geral, estão liberando e confiando mais em seus companheiros, quando estes saem sozinhos para pescar, jogar ou beber um chope com os amigos, pois pela lógica, se um homem rico e famoso como Ronaldo só consegue pegar travestis na rua (e pagando bem caro, em todos os sentidos, por isso), quem dirá então o resto dos pobres mortais que andam por aí, anônimos e com suas carteiras quase vazias.

Indiferente se a opção sexual de um indivíduo é hetero, homo, bi ou tri, bem lá no fundo o que as pessoas almejam na vida é conseguir realizar seus sonhos, e enquanto para uns isto pode ser alcançado com o pouco que têm, para outros a felicidade somente é possível através de uma grande bolada (entendam isto do jeito que quiserem). Por outro lado à mídia parece estar dando muito mais bola sobre esta matéria do que o próprio evento apresentou.

Enfim, apesar deste episódio vir a talvez confirmar (ou não), que a maior paixão do fenomenal jogador é mesmo por uma bola, e de ele ter conseguido abafar o assunto apenas se fazendo de desentendido (não calculando nesta frase todo o dinheiro desembolsado pelo craque). Resta-me concluir dizendo que a melhor maneira de se enfrentar qualquer problema de nosso mundo, é muito parecida com uma pessoa que se vê cara-a-cara com um tarado, pois maníacos assim devem ser encarados sempre de frente, porque se lhes dermos as costas, as conseqüências provavelmente serão bem piores.

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