sábado, 29 de maio de 2010

TROCA-TROCA OU NÃO TROCA. - (Autor: Antonio Brás Constante)

TROCA-TROCA OU NÃO TROCA.

(Autor: Antonio Brás Constante)

 

Passamos a nossa vida na base do troca-troca. O ser humano gosta muito de trocar e se trocar, não é à toa que tem gente que vive botando as calças e calçando as botas ou trocando os pés pelas mãos. A mania de se trocar às coisas está tão em alta que até os casais já estão embarcando nesta onda, se não fosse assim as casas de swing não estariam tão na moda. Trocamos a saúde por trabalho, o trabalho por dinheiro e o dinheiro por saúde em um eterno ciclo vicioso e dispendioso.

 

Na política muitos trocam seu voto por um punhado de mentiras, e viva a democracia! (recheada de demagogia que envolve toda uma pandemia de corrupção universal, o pior é que a contrapartida é ainda mais brutal). Por sinal, quando se refere à política parece que estamos sempre trocando três unidades de seis por trios de meia dúzia.

 

Trocamos nosso tempo de vida, que escorre pelos ponteiros dos relógios pendurados nas paredes de nossa história, para ficarmos inertes na frente de uma tela, olhando cada vez mais comerciais travestidos de novelas. Entretenimento de graça? Só se o seu tempo não valer nada.

 

A cada dia nossas células vão se trocando em nossos corpos como se dançassem em harmonia, embaladas por uma estranha sinfonia. Vamos substituindo a inocência pelo conhecimento, a juventude pela experiência, pois a experiência demanda tempo que envelhece o corpo, enquanto rejuvenesce o espírito, mas alguns preferem passar seu tempo vivendo seus dias bitolados e alienados, desperdiçando a centelha que os mantêm vivos, vendados para o mundo. São estátuas de carne e osso que movimentam os braços, mas não movimentam a mente.

 

Cada vez mais o troca-troca parece imperar em nossa existência. Trocamos de amor como quem troca de roupa, trocamos de emprego, de faculdade, de ideia, de partido, de ídolos, tudo num piscar de olhos.

 

Trocar nem sempre é substituir algo velho e obsoleto por algo mais atual e moderno. Muitas vezes trocamos o certo pelo duvidoso. E a cada troca tudo recomeça, sem que o antigo tenha conquistado a profundidade necessária para seu entendimento. É como ficar trocando de canais em uma televisão imaginária, sem dar a devida chance de se conhecer o que está passando de bom diante de si.

 

Se vamos trocar algo, que seja um gesto de ternura, um aperto de mão sincero, um pouco de carinho, uma palavra amiga. Troque sua atitude pessimista por uma chance de sorrir. Saiba o que e quando trocar, por isso não troque sua saúde por drogas, mas troque a droga da solidão pela solidariedade para com outras pessoas que precisam de você. Troque a indiferença por amor. Quando conspirarem contra você dizendo coisas do tipo: “troque a sua felicidade...”, apenas troque a expressão “troque” por “toque”, pois isto está ao alcance de suas mãos.

 

Enfim, jamais troque a oportunidade de ser feliz por alguma fútil promessa de ilusão, no truque do bilhete premiado, quem lhe engana é a sua própria ambição. Às vezes trocamos nossos tesouros inestimáveis (e por nós tantas vezes desvalorizados), por meros trocados, ao acreditarmos que estamos recebendo feijões mágicos.

 

NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

 

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

 

ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

 

 

 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

MARTIRIZADOS NO MERCADO II - (AUTOR: Antonio Brás Constante)

 

Nota do autor: Fui alertado por um de meus leitores mais próximos (meu grande amigo e cunhado João) que ele não recebeu o texto da semana passada, e como sempre envio um novo texto por semana, peço aos meus atuais 282 leitores, divididos em minhas 11 listas que, caso notem que não tenham recebido algum de meus últimos textos (todos publicados no recanto das letras – www.recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc) me retornem avisando, pois posso estar com algum problema no provedor, ou no computador por onde envio os textos, ou ainda amaldiçoado por alguma feiticeira do mal, que por algum motivo não gostou de meus textos. Conto com seu auxílio e compreensão. A propósito, o texto da semana passada foi: “OS PASTÉIS QUE VIRARAM TEXTO”. Quem não recebeu me avisa.

 

 

MARTIRIZADOS NO MERCADO II

(AUTOR: Antonio Brás Constante)

 

Todo mês é a mesma coisa, ir ao mercado fazer compras. Mais que uma obrigação ou necessidade, trata-se de uma penitência que muitos passam para abastecer seus lares. Na prática a pessoa que vai as compras entra com o bolso cheio de dinheiro e o carrinho vazio, para sair com o bolso vazio e o carrinho, digamos, se não totalmente cheio, ao menos não tão vazio como na entrada.

 

O mercado é um local onde acabamos revendo velhos conhecidos, talvez porque a grande maioria receba seus salários na mesma época do mês. Você entra e já vai logo dando de cara com algum rosto que há muito tempo não via. Geralmente são pessoas que apesar de conhecidas, não dispõe de vínculos muito fortes com você. Ou seja, ótimas para se ver uma vez lá que outra e dar um aceno ou um aperto de mão, mas não para se esbarrar a todo o momento, em um local onde o foco são as compras e não necessariamente reencontros casuais.

 

No primeiro contato, ambos ficam meio sem jeito, sorriem e trocam cumprimentos do tipo: “você por aqui fulano!” Ou “há quanto tempo hein?”. Cada um tenta seguir para um lado, mas se dão conta que estão indo pelo mesmo caminho. Trocam novos sorrisos amarelos, até que um dos dois resolve parar sob qualquer pretexto para deixar que o outro siga em frente.

 

O que acaba acontecendo, é que os dois passam o tempo inteiro se encontrando entre os corredores do mercado. Nas primeiras vezes, um passa pelo outro e diz alguma coisinha ou faz alguma careta do tipo: “lugar pequeno este!”. Por fim começam a disfarçar ao perceberem a aproximação do outro, procurando preços ou lendo algum rótulo, para não ter que olhá-lo novamente, pois não querem parecer indelicados.

 

Alguns tentam pular corredores, mas não adianta, pois o outro tem a mesma idéia e voltam a se encontrar novamente. A melhor forma de se resolver este impasse é passar a andar ao lado de seu conhecido e tentar iniciar um diálogo com ele. Porque a partir daí parece que todo mercado conspira para que vocês não consigam mais ficarem juntos.

 

Quem acha que fazer compras é fácil, esquece do stress que se passa nessas horas. Em cada corredor as pessoas têm que: cuidar de seus filhos para que não quebrem nada (nem se quebrem), olhar os preços, procurar o produto desejado, cuidar para não bater no carrinho da frente e verificar os itens da sua lista, calculando o quanto pode gastar.

 

Daí você entra em um novo corredor, olha novamente os preços, cuidando do carrinho da frente, procura o novo produto desejado, acerta sua lista, recalcula o valor disponível e sente que está se esquecendo de algo, mas o que será? Olha em volta e percebe que seu filho sumiu. Sente um frio na barriga quando lembra que a pouco viu ele junto a você no último corredor que passou. Ao relembrar disso, seu corpo todo estremece. Uma sensação terrível de desespero envolve você, pois se dá conta que o corredor que acabou de passar era justamente aquele onde ficavam as bebidas importadas, e pelo que você se recorda, os vinhos de cento e poucos dólares ficavam bem ao alcance das mãozinhas desajeitadas e curiosas de seu “anjinho”. Volta correndo pelo corredor a tempo de salvar as garrafas e seu bolso, passando a levar seu filho dentro do carrinho por medida de segurança.

 

Por fim deixo alguns conselhos: Evite ir ao mercado de estômago vazio. Pesquisas mostram que pessoas com fome compram uma porcentagem a mais em gêneros alimentícios. Outro conselho: se você for comer, não faça o lanche nas praças de alimentação dos mercados, pois certamente a tal porcentagem que você economizaria, acabará sendo gasta no seu “lanchinho”, e é bem provável ainda que você acabe se esbarrando novamente com aquele seu conhecido por lá.

 

 

NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

 

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

Blog: www.abrasc.blogspot.com

 

ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

 

 

domingo, 16 de maio de 2010

OS PASTÉIS QUE VIRARAM TEXTO (Autor: Antonio Brás Constante)

OS PASTÉIS QUE VIRARAM TEXTO (leia enquanto estão quentes)

(Autor: Antonio Brás Constante)

 

Muitas das histórias contadas nos recantos deste gigantesco orbe, salgado e molhado, conhecido como planeta Terra, entram em nosso mundo literário pelas vivências de seus habitantes, que as espalham através da cumplicidade entre a boca de uns e os ouvidos de outros. O texto a seguir é algo neste estilo.

 

Tudo começa com a viagem de um jovem (nem tão jovem) que poderia ser conhecido como: Evaldo da firma de advocacia, Olinto da clínica dentária, Ricardo da padaria, Jorge da borracharia, entre tantos outros nomes, mas que chamaremos nesta narrativa apenas de Osório.

 

Osório resolveu passar as férias com sua família (esposa e filha) em algum lugar ao norte do País tupiniquim onde eles viviam. Viajaram para um local recheado de praias paradisíacas que pareciam verdadeiros cartões postais e de onde eram vendidos cartões postais repletos de imagens de praias paradisíacas. Vale lembrar que nas viagens tipicamente de férias, tudo tende a ser uma festa. O relógio é esquecido e o tempo passa a fluir livremente, sem importunar ninguém. A rotina dá lugar à sede de se conhecer novos lugares, bares, pousadas, pontos turísticos e restaurantes.

 

Em uma destas investidas turísticas Osório e família encontram um pequeno restaurante em um dos lugarejos por onde passavam e passeavam. Era um ambiente bem descontraído e agradável, temperado com um aroma delicioso. Após uma rápida consulta ao cardápio, resolvem pedir uma porção de pastéis, sendo seis de queijo e seis de camarão.

 

Enquanto esperavam a refeição, os três iam matando o tempo curtindo os sons do lugar e a fragrância da culinária local que se espraiava por todo recinto, vinda das outras mesas e da cozinha. Eles pareciam jogar conversa fora, o que não era totalmente verdade, já que seus ouvidos faziam um certo tipo de reciclagem cerebral dos assuntos ali discutidos, ou seja, os diálogos com pitadas de humor eram armazenados na área mental das “vivencias felizes”, as ponderações sobre as belezas do lugar ficavam no compartimento das “boas lembranças”, e qualquer tipo de comentário sobre política era imediatamente descartado, indo parar diretamente na lata de lixo destinada ao esquecimento, para não estragar o passeio.

 

Mas bastou passar pouco mais de meia hora de tranqüila espera ociosa e o estômago de nossos personagens já começou a querer entrar na conversa, demonstrando um vazio incômodo, que insistia em ser preenchido. Osório resolve chamar o garçom e perguntar sobre seu pedido, o garçom pede um momento, dizendo que já iria verificar e sai, sumindo por entre as mesas.

 

Mais meia hora se passa até que o garçom retorne. Ele chega avisando que o pedido não foi ainda entregue porque os camarões estavam em falta, podendo ser feitos apenas pastéis de queijo. O estômago de Osório pareceu não ter gostado muito daquela informação, e fez questão de enfatizar isso com ruídos pouco amigáveis. Em um misto de fome, impaciência e raiva, devidamente reprimidas pela boa educação e pelo clima de férias. Ele pede ao garçom que traga pastéis de queijo. Osório fala em um tom ainda tolerante e tentando, dentro do possível, parecer cordial, mas seus dentes semi-serrados deixavam dúvidas se ele estava esboçando uma tentativa frustrada de sorriso, ou se acabara de ser acometido por uma insuportável dor abdominal, proveniente de um ataque de apendicite aguda e inesperada.

 

Outra meia hora escorre pelos ponteiros do relógio até o garçom reaparecer com um ar de dúvidas e incertezas em seu semblante, e o que é pior, sem nada de pastéis em sua bandeja. Ele olha para Osório que também olha para ele, um silêncio tenso se forma entre os dois, quebrado pela pergunta derradeira do garçom:

 

- Moço, desculpe perguntar, mas... Vocês vão querer seis ou doze pastéis de queijo?

 

NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

 

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

Blog: www.abrasc.blogspot.com

 

ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

 

 

domingo, 9 de maio de 2010

O COVIL DO TERROR - (Autor: Antonio Brás Constante)

O COVIL DO TERROR

(Autor: Antonio Brás Constante)

           

Ele permanece imóvel. Ao seu redor a mais completa escuridão. O silêncio interrompido apenas pelas batidas de seu coração, e pelo som apavorante da criatura próxima a ele. Qualquer passo em falso poderá despertá-la.

 

A situação é critica. Ele tem que avançar, mas tem de ser com cuidado. Procura com as mãos as paredes do lugar.  Escuta um som. Algo se mexeu. Ele automaticamente congela. O medo toma conta de seu corpo. Sua respiração se interrompe para não denunciar que está ali.

 

“Agora falta pouco”, ele pensa. O suor escorre de seu rosto. Dá mais um passo. A esta distância já consegue perceber claramente um ronco animalesco a poucos metros de si. O que ele não daria para estar em outro lugar, poderia ser uma praia ensolarada ou quem sabe pescando. Mas o destino colocou-o ali. Se aquela fera acordar será o seu fim. Cada movimento deve ser meticuloso. Suave e lento, para não causar qualquer ruído desastroso.

 

Mais um passo. Ele tenta continuar, mas seus membros não querem obedecê-lo. Murmura de forma inaudível: “coragem, Adelar”. Como se fosse uma prece para dar-lhe forças de seguir adiante.

 

Agora tudo depende da sorte. Seus próximos movimentos terão de ser perfeitos. Ele respira fundo e começa a se curvar. Suas mãos viajam no escuro procurando algo em sua frente. Sua concentração é total. O pavor absoluto. Cada segundo parece uma eternidade.

 

Sua confiança aos poucos vai melhorando. Ele começa a ter esperanças de conseguir realizar o que antes lhe parecia uma proeza praticamente impossível.

 

Então algo acontece. Um barulho irrompe em meio ao silêncio, seguido de um clarão que cega os olhos daquele pobre arremedo de homem. Ele agora percebe que na sua frente está a criatura que tanto medo lhe causou. Gigantesca. Apavorante. A criatura tem os olhos cheios de ódio, parecendo que a qualquer instante irá saltar em cima dele.

 

Um som que mais parece um grunhido inumano e aterrador chega aos seus indefesos ouvidos, vociferando algo mais ou menos assim:

 

-          ISSO LÁ É HORA DE CHEGAR EM CASA, ADELAR? – SÃO QUASE DUAS DA MANHÃ! – ACHOU MESMO QUE IRIA SE ESGUEIRAR ATÉ A CAMA E QUE EU NÃO IA TE ESCUTAR, NÃO É? – MAS HOJE TU ME PAGA, SEU CAFAJESTE! VAGABUNDO! IMPRESTÁVEL...

 

(Pobre Adelar).

 

 

NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

 

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

 

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domingo, 2 de maio de 2010

TOCANDO NOS BICOS COMO ASSUNTO - (AUTOR: Antonio Brás Constante)

TOCANDO NOS BICOS COMO ASSUNTO

(AUTOR: Antonio Brás Constante)

 

Pode parecer um assunto banal, mas o bico acompanha o homem desde os seus primeiros dias de vida, intimamente ligado às pessoas e literalmente na boca do povo. O bico pode ser considerado uma expressão multifuncional, pois é associado a várias situações e está inserido no contexto social da humanidade.

 

Quando a situação aperta e não se consegue emprego, o que se faz? Bicos para sobreviver. Quando se quer mandar tudo para os ares, logo se pensa em “dar um bico” nos problemas. Mesmo no seio de nosso lar (frase bem sugestiva), temos vários bicos espalhados pela casa, como por exemplo, os bicos do fogão, dos sapatos, de luz, etc.

 

Falando em seios, o bico também está inserido no imaginário erótico do público adulto, onde musas seminuas mexem com nossa volúpia, expondo as partes de seus corpos perfeitos e entre eles, não preciso dizer qual é um dos mais procurados pelos olhos masculinos (e de algumas mulheres também).

 

Os reinos animal, vegetal e mineral, estão repletos de bicos, espalhados em várias formas e cores. Também não podemos nos esquecer das doenças que trazem consigo o simbolismo do bico, como, por exemplo, o bico de papagaio, entre outras.

 

Nas expressões populares o bico ganha destaque. Quem já não ouviu falar que aquela beldade não é para o seu bico.

 

Muitos segredos são guardados, porque fulano foi obrigado a fechar o bico. Quem abre o bico pode se dar muito mal, então o melhor é ficar de bico calado.

 

Algumas pessoas ficam de bico quando estão magoadas, outras preferem molhar o bico e acabam se embebedando, mas se você fizer isto, cuidado! Pois, nestes casos sempre algum policial pode aparecer e acabar ficando no seu bico.

 

Mas não quero que pensem que estou aqui tentando levar os leitores no bico, falando apenas de assuntos compostos por essa palavra. Posso escrever sobre coisas mais importantes, como uma guerra, catástrofes naturais, as misérias do mundo, política ou mesmo sobre o resultado futebolístico do gauchão. Porém, é melhor não falar sobre nada disso. Afinal, em alguns assuntos não se deve meter o bico.

 

NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).

 

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

 

ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).