quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

PASTOR, PAI DE SANTO E TUDO MAIS.

PASTOR, PAI DE SANTO E TUDO MAIS.
(Autor: Antonio Brás Constante)

A internet é um verdadeiro manancial de correntes de todos os tipos. Após receber algumas mensagens sobre os chamados pais de santo, pastores milagrosos e afins, criei esta nova adaptação (confesso que o mais difícil foi humorizar algo que naturalmente já estava uma piada). Leiam se quiserem e divirtam-se. Outras adaptações podem ser lidas no site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

Pastor Arnapio Ambrósio dos Anjos Caídos das Dores e dos Prazeres (das dores da mãe e dos prazeres do pai, do vizinho, do padeiro, do verdureiro, etc), que morreu após levar uma facada e mais três tiros no coração e de comer um gorduroso xis servido com fritas, estará contando seu testemunho e agradecendo a Deus pelo milagre. O pastor já foi: Ex-travesti, Ex-presidiário, Ex-bruxo, Ex-portador do vírus da aids, Ex-drogado, Ex-gay, Ex-trato bancário, ex-corregador, ex-tintor, ex-tarado, ex-tuprado, ex-ganado, ex-culachado, ex-magado, ex-faqueado, ex-comungado, ex-deputado, ex-quimó, ex-namorado e ex-quecido. Agora está casado com mulher que não têm útero, coração, rins, etc (também conhecida popularmente como boneca inflável).

O pastor, que também é pai de santo, conta com a ajuda de uma poderosa garrafada (preparada com ingredientes que ninguém gostaria de saber caso fosse beber), cuja ingestão diária cura: Diabete, colesterol, bronquite, pressão alta, soluço, gastrite, crises de flatulência, afogamento, ressaca, qualquer tipo de óbito, indicado para o emagrecimento de pessoas gordas, poderoso tônico para levantar a moral e transformar qualquer moleza do corpo em vigor físico, também faz passar no vestibular.

O pastor e pai de santo Arnapio Ambrósio resolve os problemas amorosos e profissionais, cura qualquer doença (até viadagem), cura qualquer vício e cega olho gordo. Encontra cão perdido e espanta enxames de mosquitos da dengue. Tira unha encravada, cutícula e cata piolhos. Ele joga cartas, bingo, bilhar, dominó, bocha, futebol e sapatos na cabeça de quem não acreditar nele.

Só ele tem a solução para todos os males. Ele benze cobreiro e fimose, tira bicho de pé e trata hemorróidas com suas mãos grandes. Batiza filho de mãe solteira, resgata FGTS e cancela Cartão. Extrai qualquer tipo de demônio do corpo. Arranca de você todo tipo de encosto (cunhado, sogra, etc). Traz de volta marido perdido e descobre corno escondido. Atende em qualquer horário, venha com fé e com dinheiro que o resto é com ele.

Pai Arnapio Ambrósio também se destaca nas áreas de assistência social, com Jesus no coração e dívidas no bolso, participa de movimentos filantrópicos e psicotrópicos, sem fins pouco lucrativos (pois é contra o desperdício). Auxilia creches, orfanatos, hospitais, abrigos para cães, escolas, boates, hospícios, clínicas veterinárias, prédios abandonados e muito mais, EXCLUSIVAMENTE através de sua grande religiosidade e orientação espiritual. Lembre-se: Sem caridade não há salvação nem compra de mansão! É DANDO QUE SE RECEBE e Deus lhe pagará, pois ele é meu fiador. Deposite sua doação em qualquer agência de qualquer banco, em nome de Pai Arnapio Ambrósio assistência mundial.

RESUMO DA BIOGRAFIA EXPETACULAR DO PROFESSOR, PASTOR E PAI DE SANTO ARNAPIO AMBRÓSIO (“O Salvador do planeta e de todo sistema solar”).

Engenheiro, matemático, juiz de futebol, psicólogo, filosofo, sociólogo, fisiologista, fisiculturista, faquir, professor universitário, secundário e primário (com ênfase no jardim de infância). Este homem que já foi um empresário falido e fracassado por mais de trinta anos agora é um ser iluminado. Ele também foi: monge budista, padre, ator erótico e dono de casa de swing, escritor de “best Seller”, pichador de muros, cozinheiro de quartel, traficante, fuzileiro naval no deserto, striper, cantor de ópera, vocalista de dupla sertaneja e atendente de telemarketing, entre outros.

Fundador e coordenador geral e mundial do movimento ainda mais mundial e geral da beleza global com a campanha pela caridade bem cara e da campanha também mundial contra a violência às borboletas do Afeganistão, constituindo assim o Professor, Pastor, Vereador, numerologo e pai de Santo Arnapio Ambrósio o maior filantropo do universo, com participantes em todos os continentes, bem como em algumas dimensões paralelas ao nosso plano de existência.

Ele foi Bicampeão mundial em Paris (1934, 1985 e 1996). Recebendo indicação mundial para o prêmio Nobel da paz e para o prêmio Nobel de fisiologia, pela descoberta da quarta parte da mente humana, denominada de BURRICE (lugar da mente onde enquanto uns mentem, outros acreditam em tudo que inventam para eles como sendo verdade), o maior fato da história da psicologia depois de Sigmund Freud e dos teletubbies.

Através de seus estudos sempre mundiais, foram descobertas soluções inéditas e exclusivas para falta de água no planeta e para rejeição de implantes de silicone, registradas internacionalmente. Inclusive a extraordinária e sensacional transformação da água do mar em suco de laranja, impedindo a trágica extinção da humanidade e evitando a proliferação de casos de escorbuto. Pai Arnapio Ambrósio é o cão chupando manga... FELIZ NATAL PROPOSPERO ANO NOVO! E um forte abraço por trás com os cumprimentos de Pai Arnapio Ambrósio.

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

QUE MÍSSIL QUE NADA, TE PEGO NO SAPATINHO.

QUE MÍSSIL QUE NADA, TE PEGO NO SAPATINHO.
(Antonio Brás Constante)

De um momento para o outro um par de calçados saiu do anonimato para entrar para história. Estimulado por uma idéia na mente e dois sapatos nos pés, o repórter Muntadar al-Zaidi lançou seu ataque, errando por poucos centímetros a cabeça de um dos maiores cabeçudos de nosso tempo. Foi um pequeno passo (tentando pegar impulso) para o atirador, mas um grande furo de reportagem exposto para humanidade. Pena que as demais pessoas presentes ao evento não tiveram a empolgação e a coragem necessárias para arriscar (em todos os sentidos) quem tinha a melhor pontaria.

Bush parecia um personagem do filme Matrix, desviando dos sapatos voadores com uma agilidade inversamente proporcional a sua inteligência. Embora tenha atirado os sapatos, podemos pressupor que o atentado somente viria a realmente acontecer a partir do momento em que o repórter conseguisse arremessar as próprias meias, mas foi impedido pelos seguranças.

Ao que tudo indica a sociedade protetora dos animais deve entrar com um processo contra o autor do atentado, alegando que chamar Bush de cachorro é considerado uma ofensa inadmissível aos pobres cães, que não mereciam este tipo de comparação.

Muitos já estão cogitando a abertura de cursos preparatórios para arremessos de sapatos, evitando assim o desperdício de oportunidades em ações como esta. De qualquer modo, a mira do repórter foi muito mais precisa do que a dos mísseis de ultima geração disparados nos ataques feitos pelos Estados Unidos.

Como medidas de segurança, além de não poder entrar armado, ninguém mais poderá comparecer calcado aos discursos de atual presidente americano. Por esse motivo, talvez as próximas tentativas devam acontecer por meio de arremessos de dentaduras ou próteses de qualquer tipo.

Podemos utilizar este ato de desagravo para fazer uma de analogia sobre os abusos praticados pelos EUA, frutos de uma política que até então sempre primou por pisar nos demais paises deste orbe azul, limpando seus pés de super potência com soberba prepotência em qualquer solo alheio. Uma administração deplorável, que demonstrou acreditar que poderia usar qualquer outra pátria como um mero capacho aos seus caprichos de nação soberana.

A assessoria de imprensa de Bush diz que ele levou a coisa na esportiva, apesar dos sapatos serem sociais. Infelizmente, as notícias que correm pelo mundo falam sobre tortura, espancamento e isolamento do jornalista. (Mas... O que aconteceria se o jornalista tivesse jogado os sapatos no ditador Saddam Hussein, enquanto ele ainda estava no poder daquele País?).

Enfim, sempre considero que devemos procurar unir o útil ao agradável, por isso acho que o melhor seria aproveitar aquele momento para jogar camisas de força no presidente americano, algo que serviria como uma luva para expressar a indignação geral e fechar com chave de ouro a gestão desse indivíduo que confundiu loucura com ousadia, tornando-se um calo doloroso para toda humanidade.

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

SE FOR ENCHENTE QUE SEJA DE SOLIDARIEDADE

SE FOR ENCHENTE QUE SEJA DE SOLIDARIEDADE
(Autor: Antonio Brás Constante)

Alguns milagres acontecem mesmo para pessoas que acham que não crêem em nada (como no meu caso), foi o que aconteceu há alguns dias atrás, quando fui assistir a uma apresentação natalina no colégio São João. O evento estava maravilhoso, com músicas que pareciam estar sendo entoadas por anjos (tinha até belas jovens vestidas como anjos). Havia crianças com fantasias de animaizinhos do bosque encantado e um fantástico show de luzes promovido pela Alternative Produções do meu amigo Geovane Lui. Mas o milagre mesmo foi à cadeira de plástico ter agüentado bravamente meu peso (não estou falando de qualquer peso, pois são cento e dez quilos muito bem distribuídos em torno do meu umbigo).

Mas é realmente difícil comemorar o natal ou mesmo fazer graça, quando milhares de pessoas sofrem desamparadas, estigmatizadas pela água que marcou como ferro em brasa suas vidas. Como esta tragédia em Santa Catarina. Primeiro veio à chuva, impassível, continua, fragmentada em gotas pequenas e numerosas, que foram batendo no solo, nos carros, nas casas, encharcando tudo o que tocavam.

Depois as águas invadiram cidades, inundaram estradas, abriram a terra, em monstruosa calamidade. Parecia um exercito agressivo, destrutivo, atacando em avalanche. Arrastando vidas para morte. Os morros cederam e se tornaram arautos da desgraça. Não pouparam ruas, prédios ou praças. Famílias foram destroçadas. Pais perderam filhos e filhos perderam seus pais, tudo isso e muito mais. O que era lugar seguro, fonte de felicidade, virou do avesso, enterrando com indiferente crueldade quem morava e se abrigava em suas paragens. A partir de então afloraram as lágrimas, deslizando através de faces cansadas e sofridas, molhando novamente a terra. Muito se chorou por tudo aquilo que chocou. Espíritos atingidos, tingidos de dor.

Foi então que uma nova leva de água surgiu, não de chuvas ou de prantos, mas do suor voluntário que aos poucos foi surgindo de todas as partes, dentro e fora do Brasil. Estes anônimos indivíduos nem sempre bem suados, mas com certeza abençoados, continuam neste momento auxiliando, amparando, enviando suprimentos, brotando em mil recantos, nesta guerra contra a força dos elementos. Gente simples, estendendo os braços em apoio a tantas almas feridas, dilaceradas por essa fatalidade ocorrida.

Em meio à desolação, novamente a esperança vai ressurgindo como pequenas gotas, agora configuradas por boas ações, que tentam reacender a chama em despedaçados corações. Uns fazem depósitos, outros mandam mantimentos. Outros ainda largaram suas famílias para utilizar seu tempo em prol daqueles que precisam. Cada um se doando um pouco, e assim fazendo muito. Gestos assim são capazes de mudar o mundo.

Enfim, para que um milagre aconteça, não precisamos testar as leis da gravidade em uma frágil cadeira de plástico. Basta exercitarmos algo de valor inestimável (ainda que gratuito), praticando ações que brilham como o sol em qualquer idade, chamadas de SOLIDARIEDADE.

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

PREVISÕES FATAIS (Apocalipse Maia em 2012?)

PREVISÕES FATAIS (Apocalipse Maia em 2012?)
(Autor: Antonio Brás Constante)

Em um futuro não muito distante, a meteorologia terá avanços inacreditáveis, sendo capaz de prever com extrema eficiência o tempo em qualquer parte do mundo com meses de antecedência. Não existirão mais diversos laboratórios espalhados pelo planeta, mas apenas um, que será provavelmente localizado em alguma parte do hemisfério sul.

Tal laboratório seria composto por uma equipe de especialistas em previsões do tempo, e o sistema de detecção utilizaria mecanismos cognitivos que calculariam um universo quase infinito de probabilidades, algo que para os mais antigos poderia se assemelhar à clarividência. Essas informações seriam capazes de causar desdobramentos incríveis para humanidade, com base no conhecimento obtido sobre o futuro. Algo que poderia acabar acontecendo mais ou menos assim:

Era inicio de tarde no Laboratório M.A.I.A (Meteorologia Avançada Internacional Aplicada). Dois técnicos entram na sala principal das instalações de controle e começam a fazer algumas checagens de rotina no sistema de previsão do tempo, analisando os dados referentes ao próximo semestre para posterior divulgação. Enquanto um lia os equipamentos o outro ia fazendo anotações em sua prancheta digital.

- Dia 19 de dezembro, tempo ensolarado com clima agradável e sem nuvens. No dia 20 a estabilidade se mantém, porém, com elevação de dois graus na temperatura. Dia 21 de dezembro de 2012, o céu aparece encoberto por uma densa fumaça... Altos índices de radiação no ar... Massas de fogo... Nos dias que se seguem, apenas estática... Não há mais leitura...

A sala fica em total silêncio. Os dois técnicos se olham. Checam novamente as leituras. Mais silêncio. Por fim chamam seu supervisor.

- Isto não é possível, mas todas as leituras apontam para as mesmas condições climáticas... E justo nesta data... A tão temível data descrita nos textos referentes às profecias Maias, como sendo o dia do apocalipse... Meu Deus... É o fim do mundo!

Havia muitos rumores sobre as tais profecias Maias. Algo que se intensificou e muito com a chegada do ano de 2012. Alguns falavam em contatos com extraterrestes. Outros em colisões entre a Terra e um outro corpo celeste. Outros ainda, falavam sobre problemas nos pólos magnéticos. Seria o chamado “Doomsday”.

O supervisor liga para seus superiores no governo, informando sobre a analise obtida. Em pouco tempo a notícia se espalha. O fim do mundo se aproxima. Pânico geral. Alerta máximo entre as nações. Poderia aquele sistema infalível estar errado?

Passados os meses que separavam a humanidade da data fatídica, podia-se observar uma histeria geral entre as pessoas. Um sentimento crescente de indignação, contra aquele sistema que passou a ser chamado de “invenção infernal” por várias correntes religiosas.

Noite de 20 de dezembro de 2012. Uma multidão invade o laboratório. Tomados de uma fúria insana quebram todos os equipamentos e instalam bombas no lugar. Tudo vai pelo ares. Como os equipamentos eram alimentados por energia a base de urânio. Além da fumaça e do fogo, verifica-se um alto índice de radiação no local.

Começa a amanhecer. As pessoas permanecem acordadas. Algumas rezando, outras apenas esperando o fim do mundo chegar. Mas é o sol que aparece, banhando a todos com sua luz matinal.

O mundo não acabou. O sistema de meteorologia estava errado. Mas como? Os cientistas ficam olhando a estrutura do prédio em chamas ao longe e percebem que o sistema previu o seu próprio fim. Logicamente o fogo, a fumaça e a radiação nas leituras se referiam à destruição que eles presenciaram durante a noite.

Um alívio de satisfação, seguido de um sorriso nos lábios pode enfim ser visto no rosto dos especialistas. Muitas pessoas se abraçam, choram, cantam músicas e iniciam uma grande festa. A alegria somente silencia quando percebem as imensas nuvens atômicas, em forma de cogumelos gigantes, que se formam no horizonte...

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MEU NARIZ, SUA BOCA E UM CIGARRO ENTRE NÓS.

MEU NARIZ, SUA BOCA E UM CIGARRO ENTRE NÓS.
(Autor: Antonio Brás Constante)

SIM, eu fumo. Fumo através de outras bocas, cada vez que respiro o ar advindo de suas narinas, que exalam fumaças toscas. Fumo de forma passiva, indefesa. Fumo sem ver, sem muitas vezes saber. Fumo por ter que respirar um ar viciado, produzido por você.

Eu padeço de um suplício através de seu vício, perecendo um pouco a cada momento, por causa de suas baforadas desaforadas, desta doença disfarçada de indiferença, que atenta contra a própria vida que em ti se sustenta.

De tempos em tempos uma nova tragada, desta podre fumaça estragada, que viaja em suaves brumas para ser por mim inalada. Sinto-me um cinzeiro humano, contaminado por seus crônicos atos insensatos, que impregnam meus cabelos, minhas roupas, minha mente, com o cheiro que brota das cinzas de suas guinbas decadentes.

E você se acha uma pessoa bacana, sorvendo seu cigarro até a bagana. Soprando a morte aos ventos da própria sorte. Meu pior sortilégio é ser vítima casual de suas ações fugazes para tentar fugir do tédio.

Indivíduos movidos por uma ânsia que vai apagando o fogo de sua essência, queimando suas entranhas com todo tipo de moléstias estranhas. Alguns chegam a clamar por direitos equivocados de usufruir do funesto tabaco, por tantos outros execrado.

Quem cai nas garras desse frenesi, sabe o quanto é fácil começar e difícil parar de fumar. Onde o condenado ainda paga para poder se matar. Coloca na boca a arma e vai disparando para dentro de si mesmo atroz veneno, consumido em frascos tão pequenos. Atira uma, duas... Inúmeras vezes (e seus pulmões que se danem sofrendo a esmo).

Vão se matando aos poucos, e alguns ainda dizem que eu é que sou louco (talvez só um pouco). Mas acho que é porque quem respira tais toxinas às vezes desatina. Vai assassinando sua tênue existência todo santo dia, em troca da fútil nostalgia de soprar fumaça, imitando a chaminé de uma lareira nefasta.

Suicidas que se acham modernos. Fumam para espantar os seus demônios internos. Fumam pela rebeldia, ou para simular alegria. E eu sigo fumando com eles. Adoecemos, combalidos por essa desgraçada fuligem amaldiçoada. Agora se me derem licença vou tomar minha cachaça, pois já que é para se acabar, enfisema ou cirrose tanto faz. O importante é saber que no fim alguém vai acabar lucrando, enquanto vamos todos nos matando. Enfim, como para meio entendedor uma boa palavra basta, só posso deixar uma dica: fumar MATA.

***

A PROPÓSITO: Falando um pouco sobre a notícia de astronautas que perderam suas ferramentas no espaço, fica a pergunta: Afinal, perder coisas no espaço pode ser considerado um acontecimento sem gravidade?

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domingo, 23 de novembro de 2008

E FOI ASSIM QUE TUDO TERMINOU...

E FOI ASSIM QUE TUDO TERMINOU...
(Autor: Antonio Brás Constante)

Em um belo dia (antes mesmo de existirem os dias), alguém dotado de poderes tão vastos quanto a nossa própria imaginação resolveu criar o mundo, dizendo apenas duas palavrinhas mágicas: “Big Bang”, e foi assim que tudo começou. Então, Ele pegou um punhado de terra e misturou com água formando o barro, deste barro fez o homem (provavelmente este fato foi o precursor do biscuit). Esta foi à parte fácil, difícil mesmo foi achar algo para o homem fazer depois de ter sido criado.

Adão e Eva viviam no paraíso, um lugar que poderia ser considerado como o primeiro condomínio fechado na história da humanidade, construído com todo conforto para um tipo especial de inquilinos, que eram protegidos e adorados por serem as preciosidades do Todo-poderoso, ou seja, para quem não sabe, não entendeu, ou fez de conta que não sabia, estou falando das maçãs.

Todo o restante dos habitantes do jardim do Éden só era bem-vindo se ficasse longe dos deliciosos e suculentos frutos das macieiras. Foi então que a ardilosa serpente (provavelmente possuída pelo espírito que daria origem aos primeiros políticos), usou de sua lábia ardilosa para convencer Eva a comer do fruto proibido. Após muito pensar, a criatura peçonhenta finalmente elaborou uma tática infalível, dizendo para a primeira mulher que a maçã tinha baixíssimas calorias e que fazia maravilhas para os cabelos.

Tão logo mordeu a maçã Eva percebeu que estava nua, e o que era ainda pior, se deu conta de que não existiam shoppings centers naquele lugar. Para não levar a culpa sozinha, ela inventou ao ingênuo Adão (um homem ainda sem pecados) que a maçã tinha gosto de cerveja, deixando-o com uma vontade irresistível de prova-la também. Mal sabia ele que aquela seria sua ultima refeição de graça...

Quando ficou sabendo que havia sido cancelada a contagem de listras da zebra (para finalmente descobrirem se ela era preta com listras brancas, ou branca com listras pretas), Adão ficou contente, sempre ficava perdido em eventos assim, principalmente porque ainda não havia sido inventada a matemática. Mas quando soube, juntamente com Eva, que a referida atividade daria lugar à expulsão do paraíso de um homem e uma mulher, sua curiosidade aflorou, afinal quem seriam os dois pobres coitados?

Adão e Eva faziam esta pergunta para si mesmos e para os demais animais e árvores do bosque encantando chamado de paraíso. Até que acabaram se dando conta que seriam eles mesmos (por total falta de opções), e assim ficou cunhada a expressão: “Os únicos serão os primeiros”, como eles também foram os últimos a terem acesso aquele primeiro paraíso, posteriormente a expressão foi alterada para: “Os últimos serão os primeiros”, que é utilizada até hoje em nossos dias.

Após a expulsão os dois vieram parar aqui na Terra (se você estiver lendo este texto em algum outro ponto do universo, comece procurando por “Via Láctea” no google e leia sobre o assunto). Eles foram obrigados a garantir o seu sustento com o suor do próprio rosto. Como ainda não havia nada, acabaram trabalhando tanto que seu suor provavelmente deu origem aos oceanos do planeta.

E foi assim que tudo terminou, ou pelo menos foi assim que terminou a vida mansa do casal número 1 de nossa existência. Mas o pecado original também trouxe algumas novidades (a princípio muito boas), como o sexo, por exemplo, que era bem mais interessante como passatempo do que ficar contando nuvens no céu. Porém, logo vieram os filhos, a manutenção da caverna, o trabalho para cuidar da plantação e do rebanho, e a cada dia que passava, Adão ia se dando conta de que ter extraído a tal costela para dar forma a uma mulher já estava lhe dando mais dor de cabeça do que prazer. Ao menos povoar o mundo foi uma boa idéia, pois assim poderia formar um time de futebol e talvez as coisas começassem a melhorar por ali. Enfim, de lá pra cá, muita pouca coisa mudou...

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

SOCORRO, A BOLSA ESTOUROU!

SOCORRO, A BOLSA ESTOUROU!
(Autor: Antonio Brás Constante)

Em tempos de colapso nas bolsas do mundo, nada melhor do que escrever sobre elas, as bolsas. Tudo começa em meio a uma crise, quando uma certa bolsa estoura e ao som de gritos e gemidos acabamos despejados e largados neste tal de mundo redondo e sem muito sentido. Somos frutos, já nos primórdios de nossa própria existência, de uma bolsa que até este momento nos protege e alimenta.

A partir de então damos nossos primeiros passos, antes mesmo de gatinhar, amparados pela bolsa colorida que nos fornece subsistência. Falo da bolsa onde nossas mães levam tudo que precisamos: mamadeira, chupeta, fraldas, etc. E sem perceber nos vemos totalmente dependentes destes “porta-apetrechos”, utilizados para nos servir através de mãos benevolentes.

Enquanto vamos crescendo, acabamos iludidos achando que conseguiremos nos desligar desta influência louca. Não cortamos o cordão umbilical, tentamos cortar a alça que nos prende as bolsas. Mas ainda somos pequenos e nos sentimos fisgados por um ou outro doce em seu ventre artificial guardado, que deixa um certo ar afeiçoado aos desejos que se escondem naquele objeto quase encantado.

Chegamos na adolescência, e novamente as bolsas marcam sua presença. Alguns se sentem atraídos pelos movimentos nas esquinas, de bolsinhas femininas que giram chamando para gandaia, homens ainda meninos que acham que já tem idade para provar tais desatinos. Outros tentam conseguir bolsas para estudar e garantir o seu futuro, quem sabe até ganhar um dinheirinho. Também a quem resolva investir na bolsa, desde que ela seja alheia, com alcinhas para poder puxar. Corre o malandro carregando a bolsa, aos gritos da mulher que nem percebeu ele chegar.

Até que um dia entendemos que bolsa é coisa de homem, pois a bolsa tem valor. Um novo brinquedo pra muitos, que impulsionados por suas ações caem em um mercado cheio de especulações. Muito risco e muita grana, tudo junto que bacana. Uma bolsa gigantesca, conduzindo o destino de nações. A bolsa sobe e desce tal qual elevador de prédio comercial. Compra na baixa, vende na alta, e lá se vai seu capital. Bancos fortes desmoronando, como castelos de cartas em meio a um vendaval. E todos ouvimos desesperados: “a bolsa vai afundar os mercados!”, parece até sortilégio, ou magia, onde o mantra do dia foi forjado nas alas da economia.

É um pandemônio anunciado como um trem desgovernado. Se pular o bicho quebra, se ficar o bicho te consome os bolsos, transformando belos e tenros filés, em amontoados de osso. Pára o mundo que eu quero descer. Estão injetando mais dinheiro no mercado, do que silicone nos seios para deixa-los turbinados.

Enfim, nos mistérios das bolsas vamos vendo a vida passar. São tantas bolsas que nos cercam, que mais parecemos fantoches sem cordas, cujos destinos são levados como esmaltes, batons ou outros artigos da moda, em uma bolsa de mulher.

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

VIDA E LIMÕES (Humor azedo)

VIDA E LIMÕES (Humor azedo)
(Autor: Antonio Brás Constante)

Se a vida lhe der limões faça uma limonada;

Se a vida lhe der mais limões faça uma caipirinha;

Se a vida lhe der mais limões ainda, atire-os de volta nela;

Se a vida lhe der limões, saiba dizer: “Não, obrigado!”;

Se a vida lhe der limões, peça-os em rodelas, dentro de um copo com vodka, mel e gelo;

Se a vida lhe der limões, não entre mais em amigos secretos com ela;

Se a vida lhe der limões, fale no ouvido dela o que você gostaria de fazer com eles;

Se a vida lhe der limões, chame-a de “mão-de-vaca”;

Se a vida lhe der limões, é porque você os merece;

Se a vida lhe der limões, agradeça por não serem abacaxis ou pepinos;

Se a vida lhe der limões, comece a montar sua própria fruteira;

Se a vida lhe der limões, não vote nela;

Se a vida lhe der limões, troque-os por laranjas;

Se a vida lhe der limões, venda-os a troco de bananas;

Se a vida lhe der limões, é porque ela se lembrou de você;

Se a vida lhe der um monte de estrume, devolva e peça os limões;

Se a vida lhe der limões, diga que prefere morangos;

Se a vida lhe der morangos, diga que prefere dinheiro;

Se a vida lhe der dinheiro, deixe-me fazer parte da sua vida;

Se a vida lhe der limões, lembre-se das pessoas que gostariam de estar em seu lugar e mande os limões para elas;

Se a vida lhe der limões, embrulhe-os e presenteia com eles só de sacanagem;

Se a vida lhe der limões, nunca mais aceite nada dela;

Se a vida lhe der limões, com certeza você plantou sementes de limoeiro;

Se a vida lhe der limões, seja azedo com ela;

Se os limões lhe derem a vida, você terá motivos para ser bem amargo;

Se os limões lhe derem a vida, cuidado para não ser chupado e servido em rodelas;

Se os limões lhe derem a vida, então meu amigo, você é uma tremenda frutinha;

Enfim, se escreverem diversas frases sobre: “Se a vida lhe der limões...”, é porque alguém perde tempo lendo tudo isso;

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

SE REFORMATANDO DEPOIS DAS FORMATURAS

SE REFORMATANDO DEPOIS DAS FORMATURAS
(Autor: Antonio Brás Constante)

O Brasil é um lugar onde todos se esforçam para alcançar um mesmo objetivo. No Brasil se trabalha pesado. O Brasil é um lugar repleto de pessoas dedicadas. Antes que você ache que estou exagerando, gostaria de esclarecer que estou me referindo ao “Espaço BRASIL”, que é o nome da academia de musculação administrada por meu cunhado e o instrutor Ricardo, situada no bairro Mathias Velho, cidade de Canoas RS (sabe como é, marketing é importante nos dias de hoje). Para os que perguntarem qual a relação deste tema com o título do texto, peço que leiam “Formatando as formaturas” (disponível em www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc), que tudo se explicará.

Resolvi fazer academia porque sou o tipo de pessoa que até aceita ter um corpo gordinho do jeito que está, mas também só quero este sobrepeso como amigo. Nada de ir ficando em mim como inquilino permanente.

Para iniciar o tal fitness, tudo começa com uma ida ao médico que verificará se você está saudável o suficiente para se exercitar, pois lugar de doente é no hospital e não na academia. Um dos exames é o teste de esteira, que consiste em se colocar no corpo uns dez decalques onde serão conectados fios para medir seu ritmo cardíaco. Eles são posicionados em vários locais do seu peito, deixando você com uma aparência de porta de geladeira, dessas repletas de imãs. Se for homem, já aviso de antemão que terá seu peito depilado, mas não totalmente, apenas o suficiente para parecer que foi vítima de algum trote escolar.

Confesso que ao olhar o tamanho da esteira, a primeira coisa que perguntei foi: “pra que lado eu deito?” (estava tentando, na base do humor, ganhar a simpatia do médico e minimizar algum ímpeto sádico que ele pudesse vir a ter). Desisti das piadas quando soube que o aparelho era tão moderno que ia acelerando sozinho. Os exames constataram que os exercícios não me matariam, e até poderiam transformar minha massa corporal, produzida a base de massa de lasanha, em algo com mais músculos e menos tecido adiposo.

Uma academia poderia ser uma excelente empresa, já que ali todo mundo costuma suar a camiseta em suas tarefas. Minha primeira atividade atlética foi na esteira ergométrica (esta máquina me persegue), sendo orientado sobre como ligar, acelerar e desligar o equipamento (que consistia em puxar um pequeno imã em seu painel frontal). Para não perder tempo eu fui logo colocando a velocidade máxima.

Corri por aproximadamente uma hora. Já estava quase desmaiando quando houve uma breve falta de energia e a esteira parou. Cai exausto no chão. As pessoas ali presentes vieram em meu auxílio, perguntando porque não parei antes. E eu, quase totalmente sem fôlego, respondi: “bem que tentei... Mas... Não conseguia... Me aproximar... do painel... Para puxar... O imã...”. Chego a pensar que fazer esteira não nos leva a lugar algum (literalmente falando). Enfim, fazer exercícios é bom. Perder peso também é bom. Mas, de tudo que é bom, ainda prefiro um delicioso bombom.
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A REVELAÇÃO SOBRE A HUMANIDADE

A REVELAÇÃO SOBRE A HUMANIDADE
(Autor: Antonio Brás Constante)

Neste momento toda a atenção do mundo está voltada para uma só pessoa. Um senhor de 89 anos, de origem humilde, morador do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Um homem conhecido em sua região apenas como: Seu Artêmio.

Há algumas semanas atrás, finalmente foi decifrada, de forma clara, parte de uma das profecias de Nostradamus. Fato que coincidiu com o achado de um texto maia em uma escavação arqueológica.

Analisadas as duas escrituras, constatou-se que se referiam ao mesmo assunto. Falavam sobre uma pessoa, que em um certo momento e em um determinado lugar, receberia a inspiração divina para esclarecer-nos sobre a origem da humanidade. A pessoa em questão era o Seu Artêmio.

Ele foi o escolhido, para que através de uma única pronuncia, pudesse responder sobre quem somos, de onde viemos e qual é nosso papel neste plano material.

Seu Artêmio se mostra calmo. Contemplativo. Imerso em seus pensamentos. Totalmente indiferente aos milhares de repórteres ao seu redor e câmeras que filmam o seu semblante. A qualquer momento ele deverá falar, e o que disser guiará nossos passos, abrindo nossos olhos sobre o verdadeiro sentido de nossa existência. Esperem, parece que ele vai dizer algo...

- A...

Sim, Seu Artêmio, diga: “A” o quê? A humanidade? A origem da vida? Parece por uns instantes que ele não vai conseguir falar. O que é mais do que compreensível. Dada a responsabilidade vinda das suas próximas palavras. Todos estão esperançosos. O silêncio é total. Os corações de bilhões de pessoas batem descompassados. O nervosismo está estampado em cada rosto diante da grande revelação.Vamos Seu Artêmio, nos diga, por favor. Qual o sentido da humanidade? De sua boca saíra afinal o que nós, seres humanos, realmente somos. Meu Deus! Ele vai falar. ELE VAI FALAR!

- A...A...AAAAAATCHIIIIIIMMMMMMM…


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sábado, 18 de outubro de 2008

MAMÃE, A PROFESSORA SUMIU!

MAMÃE, A PROFESSORA SUMIU!
(Antonio Brás Constante)

Quantas pessoas já não pensaram em como seria bom conciliar o prazer de continuar na cama quentinha com o dever de estudar. Pois essas pessoas provavelmente terão suas preces atendidas, visto que é cada vez mais forte o movimento em prol do estudo à distância. Uma nova forma de aprendizado que promete trazer vantagens (mas também desvantagens), algumas delas descritas neste texto.

Podemos imaginar que mudarão as desculpas para matar a aula: “não estava sem guarda-chuva”, “estava sem conexão”. O aluno não poderá mais dar uma maçã para professora, mas poderá enviar uma mensagem para seu avaliador, cheia de anjinhos, florzinhas e até fotos de maçã. Também não terá mais graça arremessar bolinhas de papel (atirar em quem?).

Os trotes escolares serão resumidos a algum tipo de vírus baixado no computador do calouro. Você não terá mais o endereço residencial de seus colegas, terá apenas o eletrônico, e eles serão reconhecidos pelo IP que usam. Todos os alunos terão carinhas de “smales” e não haverá mais problemas de distância na educação (poderá dizer para sua mãe que seu coleginha é japonês, e ele será mesmo, inclusive vivendo no Japão), porém, toda esta tecnologia tornará mais distantes as relações no mundo real (este lugar quase obsoleto, onde ainda vivemos).

Os ruídos de comunicação darão lugar aos erros de comunicação. Ao invés de não entender seu professor, você não entenderá o software educacional instalado em seu computador, achando que ele não gosta de você, e criando comunidades no orkut do tipo: “Eu odeio meu computador”. As discussões acaloradas de outrora, onde todos falavam e ninguém escutava, serão substituídas por discussões acaloradas em chats onde todos escrevem, mas ninguém lê.

As diferenças entre as classes sociais (ricos e pobres) não serão mais evidenciadas pelas roupas de grife (você poderá assistir às aulas pelado, que ninguém notará), e carros importados, mas poderão ser observadas pela potência de processamento e armazenamento das máquinas, e a velocidade da banda larga de cada um. Para que este tipo de ensino possa contemplar também públicos de renda mais baixa, haverá planos sociais de inclusão disponibilizados em lan houses.

Seu histórico escolar passará a ser chamado de log, registrando todos os seus erros em uma memória tão boa quanto à de qualquer esposa. A televisão que era, em muitos casos, utilizada como forma de entretenimento e aprendizado de inúmeras crianças quando não estavam estudando, terá no computador um reforço desta técnica, criando indivíduos literalmente através de caixas pseudo-educativas.

Enfim, a figura ultrapassada do professor fatalmente será substituída por uma programação de ensino e avaliação à distância, produzida por uma equipe técnica e pedagógica, que encapsulará tudo de forma fria e competente, parametrizando resultados e potencializando rendimentos, visando tornar seu público-alvo uma perfeita máquina biológica de aprendizado, mais eficiente e mais... Humana?

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O JOGO DA VIDA (Alguém aí tem o telefone do juiz?)

O JOGO DA VIDA (Alguém aí tem o telefone do juiz?)
(Autor: Antonio Brás Constante)

A vida é uma competição onde cada jogador participa de apenas uma partida, seguindo regras ditadas por um juiz que montou a estrutura do jogo em alguns dias e depois largou tudo e foi descansar, sem se preocupar em criar uma manual de instruções que definisse entre outras coisas: a forma de jogar, o número ideal de jogadores, qual é o prêmio, ou mesmo qual é a música.

Jogam em um campo chamado Terra, mas já vislumbrando a conquista de novos estádios em outras constelações. O campo não é dos melhores, sendo repleto de grandes poças de água doce e salgada que muitos julgam ser fruto de uma colossal chuvarada conhecida por dilúvio, um evento que trouxe a salvação de alguns poucos por meio de informações privilegiadas, enquanto todo resto da humanidade ficou literalmente boiando.

Nesta partida a bola tem muitos nomes: felicidade, sucesso, dinheiro, o telefone da Gisele Bündchen, e na época do descobrimento do Brasil alguns até queriam que fosse um encontro romântico com a Derci Gonçalves (uma bela jovem naquela época).

Trata-se de um jogo contra muitos adversários, entre eles: a escassez de recursos, as doenças, os desastres naturais, nossos próprios medos, mas principalmente, jogam porque acham que este campeonato irá definir quem vai ser escalado para jogar posteriormente no time lá de cima como artilheiro ou no lá de baixo como goleiro. O pior é que os quase sete bilhões de jogadores acabam sempre jogando uns contra os outros.

Apesar da ausência de um juiz que organize a bagunça, o que não falta é gente dizendo que consegue se comunicar com ele. Primeiro diziam que ele se dirigia a eles através dos raios e trovões. Com o passar do tempo a conversa passou a ficar mais eclética e misteriosa, acontecendo sempre em segredo, apenas para uns poucos iluminados, que afirmavam o gosto do juiz por sacrifícios de virgens, sem entrar muito em detalhes dos seus motivos.

Logo as virgens foram ficando escassas e eles tiveram que reformular as regras, passando a perseguir e queimar bruxas, algo que consistia apenas em achar uma infeliz e acusa-la de atos pagãos sobre qualquer pretexto furado, adicionar um punhado de lenha, convidar todos os bons cidadãos do vilarejo para o show de fé e atear fogo na pobre criatura (alguns dizem que os gaúchos aprimoraram a idéia e dali nasceu a tradição do churrasco). Tais atitudes talvez até tenham sido o princípio das causas do efeito estufa em nosso planeta.

Após o espetáculo de horrores pirotécnico, muitos voltavam para suas casas comentando sobre o aumento do número de bruxas nos últimos tempos, sem se dar conta de como aqueles terríveis e fantásticos poderes que diziam que elas tinham, mostravam-se ineficazes para salva-las do fogo purificador da inquisição. Mas o mundo evoluiu bastante, e a fumaça que antes avisava sobre os momentos finais das feiticeiras, hoje serve para informar sobre a escolha de novos ícones religiosos, devotados a buscar uma nova era de castidade, aumentando o número de virgens, e quem sabe assim, até poder reiniciar o processo de comunicação divina como nos tempos de outrora.

Se o ser humano parasse um pouco de ficar adorando onipotentes ídolos, deixando principalmente de seguir cegamente os mandos e desmandos de seus pretensos escolhidos, e passasse a ouvir, amar e se preocupar mais com seus semelhantes, a humanidade conseguiria enfim formar um único time em prol da vida, unidos na busca de uma verdadeira vitória.

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domingo, 5 de outubro de 2008

PÃO A BERDA(Autor: Antonio Brás Constante)

PÃO A BERDA
(Autor: Antonio Brás Constante)

Muitas vezes as palavras enganam quem as escuta, isto acontece muito nos dias de hoje, sobretudo em época de eleições. Mas para entender melhor isto, basta lembrarmos da história do “pão a berda”, que ninguém deve conhecer porque estou inventando agora.

Dizem que há muito tempo atrás existia um povoado muito pobre e necessitado, na província de Berda. O povo então, cansado de passar fome e privações, resolveu se rebelar. Cercaram o castelo de seu monarca e ficaram clamando em coro ao tirânico rei daquela localidade para que atendesse as suas súplicas. O rei (um homem de voz anasalada e olhar frio), foi até a torre do castelo e lá de cima gritou para o povo que ali se encontrava algo entendido como: “Pão a Berda!”, em seguida virou as costas e saiu. A população se encheu de esperanças ao ouvir aquelas palavras subentendidas como promessas de que logo receberiam um pouco de pão (os mais otimistas já pensavam até em pão com manteiga e mortadela dentro). Eles abandonaram o cerco, voltando contentes para suas vidas miseráveis.

O que o rei realmente quis dizer com aquelas palavras, somente ele mesmo poderia explicar, talvez se pressionado em uma CPI qualquer. O problema é que não é preciso ser um rei tirânico de um mini-conto fictício para dizer coisas que podem ser interpretadas de outras formas, geralmente influenciadas ao sabor de nossos desejos.

Voltando a vida real, podemos perceber em diversas ocasiões que fatos assim vem ocorrendo, e muito, em nossa sociedade. Principalmente quando as palavras advêm do maior antro de falácias que existe em nosso meio: o mundo da política. Ao ouvirmos um partido discursar que vai abrir mais escolas, o que acaba acontecendo é que aumenta o número de escolas... Do crime. Sempre organizadas e com bala na agulha (literalmente falando).

Se os políticos dizem que vai haver mais segurança, podemos ter certeza que eles vão tratar de segurar mais as verbas para uso em maracutaias. Segurando inclusive a contratação de policiais, utilizando o dinheiro para se cercar de mais seguranças para própria segurança. Quando falam em melhorar a saúde, pode apostar que é a saúde financeira de seus aliados, que depois de cada desvio de dinheiro público, comemoram com brindes de champanhe importado a saúde de seus comparsas.

E o povo fica a margem de tudo isso, como os moradores de Berda, que ao suplicarem auxílio, escutaram a voz da realeza dizendo para eles: “PÃO A BERDA!”, como quem diz: “me deixem em paz!”, mas que para eles soou como uma promessa de boas novas, proclamada por seu rei.

Enfim, devemos procurar estar sempre atentos aos atos e palavras de nossos governantes, antes que sejamos nós mesmos a receber um “pão a Berda” deles. Vamos demonstrar toda nossa indignação frente às tantas vezes eles se aproveitam do dinheiro de nossos impostos para uso próprio, penalizando-os através do voto, para que não se reelejam nunca mais. E se não gostarem, então vão eles mesmos a Berda, com as nossas benções.

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O SOFREDOR II (agora com muito mais sofrimento).

O SOFREDOR II (agora com muito mais sofrimento).
(Autor: Antonio Brás Constante)

Para quem joga futebol, há algo muito mais terrível do que ser driblado, chutado ou perder pênaltis, pois não há nada, absolutamente nada pior do que levar um frango (será?). É a desgraça absoluta. Nestas horas, à vontade que o pobre goleiro tem é de sair de campo, ir até a cozinha mais próxima, pegar uma faca, voltar e assassinar a bola, como se ela realmente fosse um galináceo (a propósito, leia também “O SOFREDOR”, disponível em www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc).

Ao contrário dos outros jogadores que só sabem maltratar a bola, chutando-a pelo chão frio, o goleiro abraça a bola, envolvendo-a em seus braços, protegendo-a com seu próprio corpo, pois sabe que se deixa-la ir, ela certamente acabará no fundo de sua goleira. Os goleiros são párias em campo, vivendo sozinhos em meio a um turbilhão de jogadores, onde os seus momentos mais inglórios acabam causando a glória do time adversário, que comemora tais fracassos com alegria e festa.

O goleiro não causa o fim do jogo, mas o fim da jogada. Quando ele segura a bola troca-se os pés pelas mãos e se reinicia toda estratégia da partida. Cada chute em sua direção interrompe a respiração de quem assiste, uma respiração que se transforma em gritos diante de suas falhas, ou em meros suspiros de alívio quando ele pára a trajetória da bola, impedindo-a de cumprir seus desígnios de arauto da derrota.

O jogo é extremamente injusto para quem fica no gol, pois enquanto o artilheiro vem pra cima com seus amigos querendo bater e marcar, o goleiro fica de braços abertos esperando para apanhar. É dele o dever de apanhar a bola, defendendo toda sua equipe. Preso em sua pequena grande área, buscando evitar que o pior aconteça, mesmo que isto vá contra o anseio de toda uma multidão de pessoas que torce e espera ansiosa que ele fracasse. Não são poucas às vezes em que a bola rola e, através de pés habilidosos, acabe enrolando este ser solitário, que cai de joelhos diante dos oponentes para tentar salvar o seu time.

Todo goleiro sonha em ser um herói, imagine-se você como um desses defensores, recebendo a bola e resolvendo sair com ela para o ataque (ao invés de lança-la para seus companheiros de equipe). Os jogadores do outro time vindo em sua direção como cães raivosos, e seus colegas de campo gritando: “Passa!”, “PASSA!”. E você ali, firme com a bola.

Mas você acaba recebendo uma trombada, mais por inabilidade em desviar do que por truculência adversária. Com a porrada recebida, você rodopia algumas vezes na quadra, as luzes girando em sua volta. O desequilíbrio momentâneo fazendo-o cair, mas para sua sorte a bola ainda permanece ao seu alcance. Puxa o fôlego e se lança novamente ao jogo. Sai correndo cegamente e ainda meio tonto, com ela sob seus pés e uma goleira a sua frente. Seus colegas de time param, os jogadores do outro time também, e você passando por todos como se estivessem em câmera lenta. Sua respiração parece que irá falhar a qualquer momento, os olhos fixos na bola. Canaliza toda energia do corpo para sua chuteira e enfia o bico. O público presente ergue-se nas arquibancadas e grita: “OOOOHHHH!”, em uníssono. Você então levanta a cabeça em direção ao gol, consegue ver com clareza o contorno da trave, a rede balançando com o impacto da bola, mas... Cadê o goleiro?

Tudo ainda parece ocorrer em câmera lenta. Aos poucos você vai girando o corpo. Seus colegas estão com as mãos na cabeça. No rosto dos jogadores do time adversário um ar de espanto. E lá no fundo da quadra o goleiro deles em pé, olhando estarrecido para você. Ao que parece aquela trombada tirou mais do que seu equilíbrio, ela tirou também a direção correta do gol adversário.

Enfim, existe algo muito pior do que ser chutado, driblado e errar pênaltis. Algo até mesmo pior que levar um frango em um jogo. Basta apenas fazer um gol, um belo e derradeiro gol... Contra.

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

PARA O CONHECIMENTO DE TODOS E DOS TOLOS!

As correntes não param de pipocar no mundo virtual. Em contrapartida eu não paro de parodia-las. Iniciei satirizando as correntes sobre seqüestros “E A GENTE AINDA LEVA A SÉRIO”, depois foi à vez das correntes sobre anjinhos fofos que atendem pedidos “VISITA DO ANJO DA GUARDA GOSTOSÃO” (Versão super gay). Agora chegou a vez de humorizar as correntes assustadoras sobre as drogas. Aos que continuarem daqui, uma boa leitura (os textos citados acima estão disponíveis no site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc).

PARA O CONHECIMENTO DE TODOS E DOS TOLOS!

A droga mais perigosa do momento! (provavelmente devem estar se referindo a este texto). Para quem costuma freqüentar baladas, fruteiras, igrejas, motéis, cemitérios, elevadores, ou lugares com duas ou mais pessoas, procurem tomar muito cuidado (pois se não tomarem cuidado, vocês podem acabar tomando qualquer coisa). Rapazes, por favor, passem isto as suas amigas e namoradas, mas escondam de suas inimigas e sogras. Pais, não esqueçam de alertar seus filhos, mesmo sabendo que eles não vão dar bola para qualquer coisa que vocês digam.

Há uma nova droga que está na moda por ter sido confeccionada por um estilista famoso. Trata-se de uma pastilha imensa em formato de supositório, que é empregada por veterinários para esterilizar animais grandes (vacas, golfinhos, dinossauros e alguns tipos de ministros). Esta droga está sendo utilizada por violadores em festas para abusar das suas vítimas (digo: para abusar das vítimas DELES).

Diz-se que esta droga é usada em conjunto com o Urhynol, uma outra droga que ao ser dissolvida em qualquer bebida produz amnésia (é muito utilizada como desculpa por alunos de faculdade em épocas de exame). Age no pré-consciente transformando quem tomá-la num escravo perfeito, e tem como efeito secundário apagar da memória tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de ação que se prolonga por quatro anos com base nos mandatos políticos. Ou seja, esta droga causa esquecimento em seus usuários e vários outros sintomas que já nem lembro mais.

Esta nova droga arrasadora fez a sua primeira aparição na Europa, num show de calouros de lá. Agora chegou ao Brasil e está sendo testada em programas de auditório daqui. Ela também serve para evitar a gravidez. Desta forma, o violador não tem que se preocupar com testes de paternidade, pensões alimentícias ou mesmo em se cadastrar no bolsa família.

ATENÇÃO: Os efeitos não são temporários. Qualquer Homem, mulher, pedra ou planta que tomar isto, jamais, entenda bem, eu disse: JAMAIS MESMO, poderá engravidar (e pensar que tanta gente gasta uma bela grana fazendo vasectomia ou ligando as trompas, quando poderia sair para se divertir numa balada e ficar estéril de graça).

Por isso, muito cuidado ao tomar bebidas de pessoas desconhecidas, ou até das conhecidas e famosas, tais como: Freddy Krueger, Drácula, Lord Voldemort, Lobo Mau, Monstro da fumaça do Lost, Dark Vader ou mesmo o bebê de Rosemery. Estes indivíduos inescrupulosos conseguem obter o pérfido produto facilmente em qualquer faculdade veterinária ou em postos de saúde, bastando apresentar a carteirinha de vacinação.

ALGUNS CONSELHOS A SEGUIR:

1. Numa discoteca, festa ou jantar, não largue sua namorada sozinha para você poder ir beber com seus amigos, ela pode se vingar colocando algo na sua bebida ou na sua cabeça.
2. NUNCA aceite copos, pratos ou bacias da mão de qualquer pessoa, nem beba água diretamente do vaso sanitário. Lembre-se que 374% dos violadores se aproveitam da ocasião que lhes é oferecida. Lembre-se também que estatisticamente 25% das pessoas são comprovadamente malucas, por isso vigie bem seus amigos, se três deles parecerem normais, você está ferrado.

3. Os primeiros sintomas causados por esta droga são o aparecimento de suor no corpo de seus usuários, depois de muito tempo dançando. Surgem orelhas nas folhas dos seus livros preferidos, e alguém que nunca viu antes chega dizendo que você tem mau hálito. Se um dos seus amigos apresentar estes sintomas, não o abandonem, e segurem o ímpeto de joga-lo de cima de um prédio. Sejam espertos e levem-no ao programa “se vira nos trinta”, para tentar ganhar uma graninha extra com ele.
O que verdadeiramente dificulta o trabalho da polícia, é que os componentes para fabricação desta droga são encontrados em qualquer farmácia, padaria, ou lotérica, e são vendidos a qualquer um sem receita médica ou culinária. Ainda não existe um antídoto para esta droga que também é utilizada para realizar roubos ou mesmo para a aquisição de órgãos (municipais, estaduais e federais) visando abastecer o tráfico internacional de propinas!

Uma estudante de 24 anos, residente na cidade de Araçatuba SP, testemunha que foi convidada por uma amiga a ir a uma casa noturna. Bebeu alguns litros de caipirinha, dançou, fez strip em cima do balcão e diz que não se recorda de mais nada. Só lembra de acordar no dia seguinte na cama de um quarto de motel ao lado de um tal de Ali Babá e outros quarenta homens. Ela diz que pediu o telefone emprestado para um deles e ligou para seu noivo, Cornelius, pedindo a ele para ir busca-la. Os médicos do SUS depois de fazerem de conta que lhe examinaram disseram que não detectaram qualquer tipo de droga. Só o exame ginecológico foi que revelou o rastro de esperma de uns noventa homens diferentes, bem como de um cavalo, dois cachorros, um ganso e um elefante (nenhuma das amostras encontradas era do Cornelius).
Um homem de 32 anos, residente em São Vicente SP, testemunhou que foi a um baile afantasia e só lembra de ter tomado dois baldes de cerveja. Acordou em cima de uma esteira ergométrica na manhã seguinte, com as pernas fracas e doloridas. Na tarde do mesmo dia verificou seu extrato bancário e não conseguiu acreditar que tinha sacado uma insignificante quantia de $100.000.000.000.000,00 de dólares, de uma de suas treze contas na Suíça.
Outro caso é de um adolescente de 76 anos que acordou pela manhã sentadosobre uma cerca elétrica. Ele parecia estar em estado de choque. O rapaz não usava qualquer tipo de drogas ou álcool e naquela noite tomou apenas vermicida e um pouco de veneno de rato. Suas cuecas nunca mais foram encontradas e ele diz que não se lembra de absolutamente nada.
Ao ingerir esta droga a pessoa fica inconsciente, sem controle do seu corpo, mas em contrapartida fica completamente controlável e executa qualquer ordem que lhe é dada, como: tirar dinheiro em um caixa eletrônico (mesmo que não tenha cartão ou conta naquele banco), voar como um pássaro, ficar invisível, assistir propagandas políticas, ou participar em orgias sexuais (ooooba, onde eu consigo um pouco deste elixir maravilhoso?).

POR FAVOR, ME ESFORCEI TANTO PARA BOLAR ESTA BABOSEIRA TODA, POR ISSO PASSEM UMA CÓPIA DESTE E-MAIL DE FORMA INCONSEQUENTE A TODOS OS SEUS AMIGOS (testando a paciência e amizade deles), EM ESPECIAL ÀS MULHERES (que conforme estatísticas machistas, caem mais facilmente em trotes como este).

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sábado, 20 de setembro de 2008

“ELES” E A TURMA DA MÔNICA

“ELES” E A TURMA DA MÔNICA
(Autor: Antonio Brás Constante)

No reino das analogias tudo é possível. Inclusive representar a política através dos personagens da turma da Mônica. Podemos começar com o famoso Cebolinha, alguém que comprovadamente nunca dirá algo errado, pois fala tudo “elado”. Como um ser político, até seu nome faria chorar, sempre articulando planos para desbancar quem estivesse com o poder na mão (um poder representado na forma de um coelhinho azul, chamado de Sansão). Porém, nas vezes em que conseguisse alcançar seu intento, na saberia o que fazer com ele, passando literalmente a ficar dando nós em orelhas de coelho.

Outro personagem influente nesse meio seria o Cascão, o tipo de político tradicional (que estupra, mas não mata), bem sujo e em harmonia com toda lama que envolve este meio. Alguém que não se envergonharia, nem esconderia isso de ninguém, estando sempre mancomunado com os tais cebolinhas de plantão, querendo se dar bem sem precisar abdicar das sujeiras nas quais está impregnado.

Não podemos esquecer da gulosa Magali, que pode ser definida como uma aliada do poder constituído, procurando tirar proveito dessa situação para se esbaldar em sua ganância interminável, devorando tudo que encontrar (para comprovar isso, basta lhe dar um cartão corporativo para ver o que acontece). Ela não parece ter escrúpulos, já que age sabendo que está segura, em uma situação privilegiada. No que depender de sua vontade, tudo sempre acabará em pizza.

A Mônica é a própria representação do poder governamental, que é utilizado com mãos de ferro por ela, atacando qualquer um que ouse se atravessar em seu caminho. Quem se arriscar acabará na mira de seu temível coelhinho felpudo. A Mônica (assim como o poder de um modo geral), parece estar inchada, gorda, com uma aparência não muito amigável.

Existem ainda outros personagens menos conhecidos, porém, não menos importantes, como por exemplo, o Anjinho, que se apresenta de forma 100% honesta, tentando auxiliar todo mundo, sempre ágil, carismático, beirando a perfeição. Ele é a conhecida imagem política em épocas eleitorais, com suas promessas que só poderiam ser cumpridas se ocorressem verdadeiros milagres.

O Franjinha é outro personagem do segundo escalão, assessora qualquer um dos lados, quer seja para manter seu status ou para receber vantagens para si. É geralmente através deste tipo de figura que as invenções (pacotes, impostos, decretos, etc) acontecem. Suas idéias surgem como algo incrível que, com o passar do tempo, se revelam desastrosas. Os políticos franjinhas são espertos e procuram não chamar muito a atenção, pois sabem se servir do poder trabalhando em seus bastidores.

Para terminar não podemos esquecer do carro chefe que move qualquer história infantil, que são as crianças, pois na visão política, o povo de modo geral parece ser uma criança alienada e indefesa. Uma população que vê através da mídia, toda uma história de corrupção política, sabendo que essas histórias vão continuar por muitas edições e eleições ainda, sem que aconteça um desejado final feliz.

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

FELIZ ANIVERSÁRIO UNIVERSAL

FELIZ ANIVERSÁRIO UNIVERSAL
(Autor: Antonio Brás Constante)

É periodicamente ressurgido em nossas vidas, um momento em que dizemos: “Feliz aniversário!”. Humilde homenagem anual. O aniversário é fato consumado, período de tempo traçado, data informal. Quanto ao “feliz”, é puro desejo em rimas exaltado, quem sabe até sussurrado. Enunciado quase obrigatório de se dizer por seus entes nestes encontros marcados.

Razões não faltam para retumbar tais palavras. Ecos costumazes recebidos com intenções cheias de bondade, que emanam dos lábios de conhecidos, como preces nos templos da amizade. Frases que expressam um sentimento individual, coletivo, universal. Papel de presente sonoro, carregando uma dedicatória de amor para alguém especial.

Iniciam-se os votos, que são proferidos tal qual um simples “bom-dia”, ou “boa-tarde”, em tons de pronuncia casual. Embrulhados em sorrisos e abraços, temperados com um gostinho carinhoso e pessoal. Um termo que em nossa imaginação dança, trazendo lembranças dos tempos de criança.

Chega como natal antecipado, às vezes parecendo dia de finados, em outras vezes, carnaval. Não tem realce no calendário, mas possui traços de feriado, de encontros esperados e reencontros inesperados...

Através dos caminhos da existência, o aniversário é um quadro emoldurado que vai ornamentando com recordações as paredes do passado. Pinturas feitas através das cores disponíveis em mil bisnagas. Matizes lançados na tela, formando singelas aquarelas, muitas delas conhecidas como felicidade. Enfim, FELIZ ANIVERSÁRIO, é ter tanto para dizer com tão poucas palavras. Uma nova estrada que se abre. Um marco de chegada para reflexão. Tristeza por estar distante. É se sentir pequeno em meio ao imenso vazio da solidão. É beijo na boca. É comer chocolate. É o telefonema de alguém que partiu. É a galera chegando para comemorar em festa, mais um ano de vida que se concluiu.

(Texto criado e dedicado a minha amada esposa Érica, pela data de seu aniversário )

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A ALQUIMIA QUE EXISTE ENTRE VOCÊ E EU

A ALQUIMIA QUE EXISTE ENTRE VOCÊ E EU
(Autor: Antonio Brás Constante)

Se os inquisidores nos tempos da idade média tivessem compreendido que o simples ato de respirar, já é por si só uma forma de alquimia, talvez ao invés queimar tantos inocentes nas suas fogueiras, eles próprios tivessem se atirado dentro delas.

A todo o momento praticamos feitos mágicos de forma simples e corriqueira, por exemplo, ao pegarmos alguns grãos e coloca-los dentro de uma panela com um pouco de óleo, uma pitada de sal, alguns temperos e uma boa porção de água, mexendo tudo sobre uma chama qualquer, conseguiremos transforma-los em um alimento saboroso, quente e macio (Nota: nem todo mundo consegue sucesso nesta façanha).

Mas não é somente com alimentos que fazemos isso, as pessoas também utilizam as roupas para se transformar. Com determinadas indumentárias podemos alterar a forma como somos vistos, influenciando até mesmo nosso comportamento. Um vestido de noite ou uma peça de lingerie podem seduzir mais do que a própria nudez. Um uniforme tende a passar autoridade, disciplina. As roupas falam, moldam conceitos, favorecendo o convívio em sociedade. (Nova nota: idem a nota do parágrafo anterior).

Nosso próprio corpo é uma fonte de transformações, modificando e absorvendo o alimento, que uma vez processado passa a viajar por nossas artérias renovando nossas forças. O ar que entra em nossos pulmões se mescla a este processo oxigenando nosso sangue, que corre selvagemente levando vida para todos os recantos de nosso ser. (mais uma nota: felizmente todo este processo independe de nossas habilidades adquiridas).

Quando o assunto é alquimia, sou um eterno admirador da força das palavras. Pois, através de algumas dezenas de caracteres, é possível tecer expressões, formar parágrafos, e com isso mudar o modo de se ver o mundo. Uma simples frase tem o poder de fazer com que brotem lágrimas nos olhos daqueles que repousam o olhar em suas frágeis construções. Ou arrancar gargalhadas, polemizar conceitos, indignar, dar esperança (Novíssima nota: ou despertar a curiosidade com meras notas ao final de algum parágrafo).

Gosto de sentir a mente incendiar, inundando o corpo com sua energia, transbordando através dos dedos para uma folha de papel ou na tela de um computador, imaginando milhares de ligações sinápticas conectando neurônios, emitindo descargas elétricas entre si, como se elas fossem o prelúdio de um temporal. E deste caos instaurado, a ordem dos versos vai sendo criada, e onde antes não havia nada, começa a surgir um clarear de idéias textuais. (Outra nova nota: Esta gostando do texto? E das notas? Sim? Que bom. Talvez eu nem te conheça, mas mesmo assim também gosto de você).

Por fim, toda esta força criativa deixa a solidão do autor, ganhando vida através de publicações no mundo real e virtual, chegando até os seus olhos, para que uma nova alquimia aconteça, a alquimia dos meus ternos e eternos pensamentos transcritos e impressos podendo enfim tocar a sua imortal alma de leitor. (Ultima nota: FIM).

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domingo, 31 de agosto de 2008

POR QUE ELES PREFEREM OS CARROS E ELAS A CASA?

POR QUE ELES PREFEREM OS CARROS E ELAS A CASA?
(Autor: Antonio Brás Constante)

Por que os homens gostam tanto de carros enquanto as mulheres preferem o conforto de um lar? Muitos dizem que isto acontece devido à maneira como ambos (homem e mulher) são geralmente criados. Enquanto a casa é uma espécie de porto seguro para elas, o carro fornece toda liberdade de que eles precisam, e ainda pode sempre ser trocado por outro modelo mais moderno. De preferência novo. Virgem.

O automóvel é o companheiro de aventuras e desventuras do sexo masculino. O homem sente-se como um cowboy do asfalto. Já a casa é o castelo onde vive a rainha do lar. Sendo em muitos casos, também sua masmorra. Uma caixinha de jóias onde o marido guarda sua preciosa amada, como se ela fosse um objeto de porcelana. Uma porcelana frágil que lava, passa, varre, cozinha etc.

A casa é um bebezão para a mulher, um gigantesco bebê que deve ser arrumado, limpo e decorado. É sua obra-prima, um mosaico artístico em forma de lar. Uma grande parte das coisas que estão ali, foram presentes recebidos ou peças arrumadas por ela. Os eletrodomésticos, a posição dos móveis, quadros, alimentos, panos de chão, material de limpeza, etêcetera e tal. A casa é uma extensão de seu ser, onde o marido é um organismo estranho, que deve ser suportado (porque em alguns raros momentos consegue ser útil, como, por exemplo, para cuidar do pátio e ajudar na recolocação dos móveis mais pesados, ou para pendurar as cortinas). Porém, ele tem que entender que o seu cantinho deve se limitar ao sofá da sala, e de preferência sem colocar os pés na mesinha de centro.

Para o homem, o carro é um tipo de máquina dos sonhos, cheia de curvas, bastando inserir a chave e pronto, ela já estará prontinha para acompanha-lo aonde ele for, fazendo tudo que mandar, sem necessidade de discutir a relação ou perguntando a ele se está gorda. Quando passeia com sua máquina sobre rodas, muitos ficam olhando-o cheios de inveja, acompanhando com os olhos vocês passarem, deixando-o cheio de orgulho de sua maravilha mecânica.

Claro que as mulheres tem atributos que um carro não dispõe. Porém, se ao menos elas fossem tão simples de lidar como um automóvel, o mundo se transformaria em uma auto-estrada sem engarrafamentos e sem pardais. Onde a vida do homem seria algo bem mais fácil e feliz.

Para uma boa parte das mulheres o homem ideal deveria ser como um liquidificador, que agiria no nível de eficiência (e potência) que elas quisessem, estando sempre pronto e limpinho na hora que elas precisassem, e quando não ele não fosse mais necessário bastaria desligá-lo e guardá-lo, sem maiores transtornos, e sem necessidade de ouvir roncos, ou recolher suas roupas espalhadas pelo chão, entre outras tantas “falhas” masculinas.

Talvez no futuro os homens possam ser trocados por práticos “robôs serviçais”, e as mulheres sejam substituídas por delirantes veículos, com acessórios para suprir todas (eu disse TODAS) as necessidades do sexo masculino. Tudo feito de forma fria e eficiente. A partir desse momento, talvez ambos enfim descubram o quanto eram felizes e não sabiam, quando partilhavam de suas imperfeições com as suas caras metades, que seriam taxadas de obsoletas em um futurístico e solitário mundo moderno.

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sábado, 23 de agosto de 2008

A IDADE QUE POSSUIMOS E A QUE NOS POSSUI

A IDADE QUE POSSUIMOS E A QUE NOS POSSUI
(Autor: Antonio Brás Constante)

Gosto de dizer aos jovens de todas as idades, que a idade é uma ferramenta criada para que possamos nos reinventar a cada 365 dias, sempre com um modelo novo, somando acessórios definidos como experiência em nossa bagagem existencial. Porém, para muitos a idade serve apenas de desculpa, colocando nela toda culpa pela infelicidade de não se tentar novamente viver. E assim a realidade vai nos puxando pelo braço e em seu abraço nos acomodamos, nos deixamos padecer.

O que é a velhice forjada pelo tecido dos anos, frente a uma alma eterna? Se não existe uma idade certa para se morrer quanto mais para nos restringir de viver. O maior problema do ser humano é não conseguir aceitar que foi criado com uma essência imortal, alojada dentro de uma embalagem perecível.

Quando somos fisicamente jovens nossos hormônios nos gritam loucuras, instigando uma mente ainda meio criança aos seus devaneios obedecer. Não somos trens de carga, obrigados a seguir os caprichos das linhas do destino, mas podemos transformar estas linhas em um belo bordado. Eu, por exemplo, sou viciado em viver, se me privarem deste vício fatalmente irei morrer.

Dizer que temos um destino já traçado só é válido para quem se conformou. Pois, quem não quer seguir pela única estrada existente em uma montanha, sairá da estrada e escalará a rocha, experimentando a intensidade de cada instante, sem olhar para o que já passou, por saber que o que realmente importa é o momento presente e não aquilo que ficou para trás. Mas as pessoas costumam gastar mais tempo reclamando dos sofrimentos de um único passado, do que buscar a chance de tentarem melhorar inúmeras possibilidades de futuro.

Preconceitos e sentimentos de inveja, mesquinharias, egoísmo, são drogas mentais que costumam parasitar em indivíduos que deixaram a juventude morrer em seus corações, agindo como se não tivessem mais nada de bom pelo que viver. Somos crianças convivendo com outras crianças, interpretando papéis escritos em moldes pré-fabricados como corretamente adultos.

Vivemos aglutinados em montinhos de gente, que se intitulam como pretensas sociedades, impondo limites de fronteira (fictícios pedaços de terra) para seus próprios irmãos de carne. Crescemos obedecendo a condutas que estabelecem quando devemos nos sentir crianças, jovens, adultos ou velhos, com base apenas em nossa idade física, sem levar em conta a essência de nosso ser. E assim a sociedade (alimentada por nossa torpe moralidade) vai ditando comportamentos e destruindo a eterna juventude que repousa dentro de cada um de nós, esquecendo que nossa vida é tão breve que não temos tempo de envelhecer.

Não devemos ficar parados nas encruzilhadas da existência, como quem veste uma roupa sem nunca mais querer tirá-la. A arte da eterna juventude consiste em rejuvenescer a cada ano que passa, a cada novo dia. Para que assim possamos chegar ao fim de nossas vidas, com a alma tão jovem quanto no dia em que nascemos.

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domingo, 17 de agosto de 2008

AS OLIMPIADAS DOS P... (Beijing, Beijing, Tchau, Tchau)

AS OLIMPIADAS DOS P... (Beijing, Beijing, Tchau, Tchau)
(Autor: Antonio Brás Constante)

Enquanto as olimpíadas seguem em Pequim, os políticos daqui vão pecando entre torpes conchavos e mil ardis, sempre em busca da vitória de seus candidatos. Nadando em dinheiro público para proveito próprio, enquanto para o povo nada.

Eles não querem saber de tochas olímpicas e sim de atochar os bolsos através da máquina pública. Na olimpíada política não se joga vôlei, mas mesmo assim podem ser observados lances similares aos deste tipo de disputa, como por exemplo, diversos saques utilizando cartões corporativos, bloqueios de contas quando por milagre, alguém consegue confirmar denuncias de corrupção. Ao invés de cortadas, o que acontecem são cortes nos direitos da população. E é claro que este jogo dispõe de muitas manchetes... Sobre os escândalos envolvendo crimes de corrupção, estampados em vários jornais do mundo.

Os candidatos não fazem ciclismo, mas se desfazem em cinismo. São experts na arte da ginástica golpista. Eles não se apresentam no cavalo com alças, mas são uns verdadeiros “mala sem alças” que não se cansam de tentar enrolar todo mundo com sua conversinha mole. As provas de resistência consistem em testar quanto tempo cada candidato conseguiria manter um sorriso forçado de forma natural e convincente em meio a uma campanha.

Em comum com o futebol, só as boladas que recebem. Mas, ao contrário dos jogos onde o atleta pode sofrer faltas, lá as únicas faltas que encontramos são a falta de caráter, a falta de honestidade, e a falta de responsabilidade, revertendo estas faltas em uma enorme falta de dinheiro para saúde, educação, segurança, etc.

Não tem tiro ao alvo e sim público alvo, que é impiedosamente metralhado com promessas de festim. Uma das principais modalidades é o levantamento de verbas (sem qualquer indício de peso na consciência), revezamento de cargos para parentes entre parlamentares e assalto a distância por meio de impostos.

Os aspirantes a cargos públicos ganhariam pontos para cada criança pega no colo ou aperto de mão dado em suas passeatas, ou por quantidade de buzinadas e acenos amistosos em suas barulhentas carreatas. Eles distribuiriam muitos beijos durante a campanha, já que depois de eleitos dariam um ultimo “beijinho, beijinho, tchau, tchau” aos seus eleitores e sumiriam por mais quatro anos, buscando fugir das cobranças de suas promessas.

O antidoping na política é chamado de CPI, mas dificilmente trás algum resultado prático ou mesmo uma penalização mais severa.

Enfim, o prêmio almejado neste campeonato chamado eleição não é o ouro, a prata ou o bronze, mas algo bem mais valioso que qualquer taça ou medalha, pois para chegar a vitória o que todo político necessita é de um tipo de bem de valor inestimável. Algo que jamais deveria ser trocado por dinheiro, promessas ou presentes, pois o que eles buscam é o seu voto.

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sábado, 9 de agosto de 2008

PEQUENAS PÉROLAS PARA PENSAR

PEQUENAS PÉROLAS PARA PENSAR
(Autor: Antonio Brás Constante)

Textos não são mais do que fragmentos de idéias que se misturam em um estranho liquidificador imaginário localizado na mente dos autores. Os fatos são escritos e servidos em copos textuais a leitores com sede de leitura. Porém, muitas vezes o escritor opta por não discorrer sobre um único assunto, mas apenas pincelar sobre vários temas. Aos que continuarem daqui, uma boa leitura.

OLIMPIADAS: Um evento forjado para testar limites, onde competidores podem lutar em ilusória paz a guerra pelas medalhas, e o espetáculo segue mascarando a crua e cruel realidade do lugar no qual o show acontece. Muitos são os sacrifícios para se conseguir um espaço na disputa olímpica, como no caso dos atletas da natação, que treinam arduamente durante horas dentro da água, e quando findam os exercícios ainda tem que ir direto para o chuveiro.

A FAVORITA: Novela não é algo que agrade a todos, e muitos escritores de renome evitam expor que apreciam este massificante meio de entetrenimento. Mas deixemos de lado estas ponderações e vamos direto a trama, onde recentemente foi apresentado para o telespectador, que a doce Flora era na realidade uma malévola e peçonhenta fauna (teria ela feito algum pacto sombrio, tal qual Fausto do escritor Goethe?). Para enfrentá-la, provavelmente a personagem Donatela deverá chamar suas irmãs Michelangela, Raphaela e Leonarda, criando uma versão feminina das tartarugas ninjas, para assim poder vencer tanta vilania, e tudo terminará como nas novelas políticas de nosso País, ou seja, em festas regadas a base de muita pizza.

O CASO DA CASA: Em um dos estados brasileiros onde mais se consome churrasco e a bebida tradicional é o chimarrão, a governadora provinciana percebeu nestes últimos tempos que governar até que não é o mais difícil, o difícil mesmo é ser dona de casa, principalmente se a aquisição do tal imóvel for algo ainda mais difícil de se explicar. Some-se a isto as suas brigas homéricas com o vice (dessas que só é possível de se ver entre marido e mulher), e teremos a certeza de que nada é tão ruim que não possa piorar.

MUROS: depois da muralha da China, do muro de Berlim e de tantos outros muros que foram erguidos no intuído do ser humano se isolar, mas que acabaram caindo ou deixados de lado, fica a pergunta: quantos paredões ainda terão que ser erguidos até nos darmos conta de que estes esforços poderiam ser mais bem utilizados na construção de pontes, que de alguma forma construtiva, conseguissem unir e aproximar as pessoas?

Enfim, o tempo passa, os padres voam, e a vida continua (não para os padres que voam). Novos acontecimentos vão surgindo e sumindo ao redor da Terra, e de vez em quando, algum pretenso escritor resolve costurar alguns pedaços deles formando colchas de retalhos em prosa ou verso, que ao final da costura, mais parecem um tipo de lona de circo, onde através de seus furos podemos contemplar o mundo que nos cerca.

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sexta-feira, 25 de julho de 2008

AS BRIGAS CONJUGAIS ATRAVÉS DE UM JOGO DE XADREZ.

AS BRIGAS CONJUGAIS ATRAVÉS DE UM JOGO DE XADREZ.
(Autor: Antonio Brás Constante)

Se para alguns o casamento é um jogo de cartas marcadas, poderíamos descrever as brigas conjugais como os movimentos das peças de um jogo de xadrez. As desavenças podem ter seu princípio quando uma rainha resolve atacar o rei (algumas vezes se referindo a problemas envolvendo um cheque ou o contra-cheque), ou ainda por causa de um rei egocêntrico, que gosta de se achar a peça mais importante da partida, sacrificando a felicidade da própria rainha em nome de seu bem-estar egoísta.

As brigas têm etapas de certa forma definidas, mas pouco definitivas. Podem começar com um silêncio ensurdecedor. Os jogadores (marido e mulher) quase nem se olham nos olhos. Ficam esperando o melhor momento para dar o lance inicial, até que um deles resolve mover o primeiro peão da troca de palavras, numa tentativa de avançar rumo à guerra ou de se chegar a um ponto de paz.

Logo se armam as torres, como muralhas de ódio entre os dois, e cuja visão que só enxerga em linha reta. Um ataque direto. Cego para as nuances em sua volta. A função da torre nas brigas é impedir qualquer aproximação, esconder sentimentos, isolando os amantes em casulos de solidão.

A partir deste estágio surgem os cavalos, dando coices e patadas mortais em qualquer relacionamento. A discussão assume um andar torpe, que ataca pulando por cima de qualquer chance de proteção, lançando-se de forma suicida feito um animal ensandecido. Os cavalos deveriam ser chamados de cobras, pois parecem sempre prontos para dar o bote. Esmagando e pisoteando qualquer tentativa de dialogo. Movendo-se como peças loucas pelo tabuleiro da vida.

O jogo vai piorando a cada instante. Então surgem os bispos, correndo de lado, fulminando com olhares atravessados, em seus movimentos eternamente separados, sem se tocar. Eles transpassam todas as defesas, e sem qualquer sinal de piedade, buscam atingir sempre o coração. Muitas vezes, tudo termina em meio ao movimentar intransigente destas peças, deslocadas através do rancor, dúvidas e decepção.

Mas é quando a poeira baixa e todas as demais peças caem, que enfim podem ficar frente-a-frente rei e rainha, faces opostas de uma mesma moeda. Neste momento, se o amor falar mais forte que o desafeto, talvez ambos percebam o quanto estavam errados ao tentar tomar o espaço do outro no tabuleiro. Quem sabe até entendam que não são rivais mortais, e sim parceiros em busca de um mesmo objetivo. A partir deste momento um novo jogo tem início, agora com o rei e sua rainha andando lado-a-lado, cercados de outras regras, forjadas com promessas repletas de felicidade. Assim a partida termina e a união recomeça, selada com um beijo declarando a vitória no empate. XEQUE-MATE.

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sexta-feira, 18 de julho de 2008

PERDENDO MAIS QUE O MEDO

PERDENDO MAIS QUE O MEDO
(Autor: Antonio Brás Constante)

Ele mal chegou em casa e já trancou a porta. A noite estava apenas começando, mas não queria arriscar que alguém entrasse em seu lar por um descuido seu. Aqueceu algo no forno de microondas e foi deitar. Ao chegar no quarto, cansado, atirou o casaco para trás, jogando-se na cama. Porém, manteve a luz acesa, pois assim se sentia mais seguro com seus medos.

Aos poucos foi escutando o vento uivar lá da rua, seguido pelos estrondos dos trovões. O som da chuva passou a açoitar sua janela de um jeito forte e assustador. Aconchegou-se ainda mais fundo nas cobertas. “Maldita hora que a esposa escolheu para ir visitar a mãe dela”, ele pensou. Ela iria ficar uns três dias fora com as crianças, deixando-o totalmente sozinho naquele casarão de apenas quatro peças, mas que mesmo sendo pequenas, ficavam enormes quando estava sozinho.

A noite se arrastava muito devagar, e ele apesar de estar cada vez mais sonolento, não conseguia dormir, isso graças ao temporal em conjunto com a televisão ligada. Foi então que tudo começou. A luz apagou-se de repente. Raios surgiram próximos às frestas da janela, iluminando o quarto escuro. O vento parecia ainda mais forte e o som de batidas descompassadas chegou aos seus ouvidos.

Apavorado demorou a se dar conta de que o retumbar que escutava vinha de seu próprio peito. Era seu coração disparado que batia de forma ensurdecedora. A luz voltou de forma parcial, em meia-fase como dizem. Mal iluminando o quarto, e deixando-o recoberto por sombras ameaçadoras que dançavam ao seu redor.

A televisão ligou-se novamente, porém, em um canal que só pegava chiados e chuviscos. Ele não tinha coragem de esticar o braço para apanhar o controle remoto que estava em uma mesinha afastada da cama. Neste momento então percebeu o vulto parado próximo a porta do quarto. Baixo como um gnomo, quase imóvel, como se estivesse lhe espreitando para um ataque.

O medo inundou seu corpo, transbordando de terror através de seus poros frente à criatura dantesca. Mal conseguia respirar. Procurava não olha-la diretamente, mas pelo canto dos olhos podia percebe-la ali. Começou a passar mal. Uma voz interior lhe dizendo para se enfiar embaixo das cobertas e ali ficar até amanhecer.

Vários minutos se passaram. Todo quarto parecia congelado como a cena retratada em um quadro. As sombras fantasmagóricas pareciam zombar daquele pequeno homem assustado, que tentava usar as cobertas como escudo, frente ao sobrenatural espectro que permanecia apoiado na porta.

Foi uma luta inglória do homem racional contra os seus pavores. Mas aos poucos a coragem brotou de onde até aquele momento só havia a caótica confusão criada pelo medo. Ele finalmente conseguiu ignorar o clamor insistente de seu interior que lhe dizia: “Fique embaixo das cobertas! Para o seu bem, fique em baixo das cobertas!”.

Era um zumbido incessante que mais parecia uma voz fraca dentro de sua cabeça. Insistindo em lhe atormentar. Mas ele não era um covarde. Fraco talvez. Medroso. Um medíocre apavorado. Mas não um covarde. Saiu da cama e se lançou, com o fiapo de coragem recém adquirida, de encontro ao vulto inerte. Neste momento a luz voltou, mostrando que aquela figura sombria nada mais era que o seu casado que ficara preso na maçaneta da porta.

A cor voltou ao seu rosto. O sangue passou a jorrar forte em suas veias. Então foi daquilo que ele teve tanto medo? De seu casaco? Era inacreditável. Estava se sentindo um verdadeiro idiota por dar crédito a temores infantis. Um homem feito, casado e com filhos, amedrontado por um pedaço de pano.

Diante do próprio sentimento de ridículo, resolveu soltar a fera que havia dentro de si. Saiu pela casa rindo para as sombras nos cômodos escuros. Encarando-as e intimando-as a tentarem lhe assombrar novamente, pois agora isto seria impossível. Ele transformou-se a partir daquele momento em um ser todo-poderoso. Corajoso. O maioral de seu lar. Nada mais poderia afetá-lo ou assustá-lo.

Abriu a porta de sua casa em plena madrugada. Saiu para rua no meio da chuva, erguendo os braços e dizendo: “Eu não tenho medo, ouviram! Eu não tenho medo! Quero ver alguma coisa me assustar agora!”. Foi então que sentiu o cano frio de uma arma cutucar suas costas, seguido das palavras: “É UM ASSALTO!”. O corpo todo amoleceu, amarelando da cabeça aos pés.

Para piorar a situação, a voz de seu interior voltou ainda mais irritante dizendo: “Eu avisei para ficar na cama, mas me escutou? Nãããão! Nunca me escuta. Viu no que deu bancar o machão? Depois me chama de chato. Logo eu que só queria ajudar...”.

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