domingo, 26 de abril de 2009

A PARTIDA DO HOMEM MAIS VELOZ DO MUNDO

A PARTIDA DO HOMEM MAIS VELOZ DO MUNDO
(Autor: Antonio Brás Constante)

Ele era considerado o melhor maratonista do mundo. Possuía diversos títulos, medalhas e troféus. Nunca havia perdido uma única corrida. Era tão veloz que não havia adversários que pudessem acompanha-lo. Foi ficando arrogante. Não encontrava desafios dignos de sua pessoa.

Dentre os prêmios conquistados, ganhou uma viagem para uma cidadezinha do interior. A cidade era localizada em um país distante, com hospedagem em um hotel de luxo, utilizado para conferencias internacionais. Como estava cansado e entediado, resolveu aceitar a viagem.

Ao chegar ao vilarejo da cidade onde se localizava o hotel, ficou sabendo que a floresta que cercava aquele lugar era rodeada por crenças e supertições. Diziam que era um lugar místico. “Um monte de bobagens” ele pensou, pois não acreditava em nada.

Após se registrar no hotel, foi direto para seu quarto. Jogou-se na cama, percebendo que havia deitado em cima de alguma coisa. Era um panfleto sobre uma corrida que iria acontecer na cidade. Um sorriso cruel preencheu seus lábios, ao imaginar a humilhação que poderia causar aqueles caipiras se resolvesse participar da corrida e deixar todos os demais competidores a quilômetros de distância. Pensou que seria divertido aquilo e resolveu se inscrever.

O evento era patrocinado pelo Hotel. Todos os competidores receberam um abrigo com capuz para corrida, com o número do corredor na frente e o nome do hotel escrito nas costas.

A corrida seria por dentro de uma trilha que cruzava a floresta. Não haveria risco de se perderem, pois era uma única trilha, bastante regular e ampla o suficiente para comportar os corredores.

Dada a largada ele foi passando com facilidade por todos os outros atletas, até conseguir ficar a uma boa distância deles, sumindo por entre as árvores. A floresta era fechada. Um ar suave penetrava por suas narinas enquanto ia vencendo os quilômetros do trajeto.

Foi então que percebeu alguém correndo na sua frente. Ele de inicio não acreditou. Achara que já havia passado por todos os demais competidores. Aquele corredor devia ter entrado na competição em alguma parte do caminho, achando que assim poderia levar vantagem sobre os outros. Isto até seria possível se ele não fosse um dos competidores. Passaria pelo trapaceiro e no final da corrida avisaria os organizadores sobre o caso.

O homem a sua frente era muito veloz. Por mais que aumentasse seu ritmo não conseguia alcança-lo. Aquele corredor era incrível. Nunca tinha visto alguém correr tão rápido, conseguindo se manter à frente dele por tanto tempo. O corredor misterioso só poderia estar drogado para se manter correndo tão rápido. Mas sua determinação era mais forte. Foi forçando suas passadas, e aos poucos se aproximando do outro corredor. O coração se acelerando com o esforço. O suor escorrendo pelo seu rosto.

Começou a escutar passos atrás de si. Seria outro corredor? Sim, e era alguém que ia se aproximando dele aos poucos. Que loucura. Se não bastasse ter encontrado um corredor tão rápido quanto ele, agora aparecia outro tentando ultrapassa-lo.

A floresta passou a ficar ainda mais escura e assustadora. Um calafrio percorreu todo seu corpo, sinalizando o medo de encontrar alguém melhor do que ele. De perder sua fama de invencível. De ser derrotado por meros camponeses de um lugarejo perdido no mapa.

Não poderia aceitar aquela humilhação. Ele venceria aquela competição a qualquer custo. Já estava a poucos metros do homem a sua frente. Infelizmente sentia a aproximação do outro nas suas costas ensopadas de suor.

O ar parecia estar faltando em seus pulmões. O excesso de esforço trazendo cãibras nas suas pernas. Dores nas costelas. O suor aflorando como uma vertente que escorria por todo seu corpo.

A cada passada a distância diminuía, e os três mais próximos ficavam. A visão passou a ficar embaçada. O coração parecia querer explodir em seu peito. Não podia parar. Tinha que vencer.

Já estava tão perto que quase podia ver o rosto do outro corredor. Intensificou ainda mais seu ritmo. Mas, por incrível que pareça quando ele fazia isto os outros dois faziam o mesmo. Quase como se lessem seus pensamentos.

A luta do homem contra seus limites estava sendo travada a cada momento. Nunca em todas as suas outras disputas havia corrido tão rápido. Parecia voar pelo caminho. A distância do primeiro corredor era agora tão pequena que podia toca-lo com o braço se assim desejasse e foi o que tentou fazer.

Ao longe se podia vislumbrar o final do percurso e os sons distantes das pessoas que gritavam em torcida. Esticou o braço e pousou a mão no competidor que seguia em primeiro lugar. Já se encontrava praticamente ao seu lado. Foi neste momento que também sentiu algo em seu ombro. Por reflexo se virou. Mas ainda pôde ver de relance o rosto do homem na sua frente, para enfim enxergar o homem atrás de si que também se virava e ao lado dele havia outros, muitos outros.

Seus olhos se arregalaram de horror ao ver sua própria face nos rostos daqueles homens, como se estivesse em uma sala de espelhos. Eles eram reflexos de si mesmo no decorrer de sua própria história. O coração falhou. O ar abandonou de vez seus pulmões. Suas passadas, porém continuaram. A floresta se abriu. Tudo girava ao seu redor. Sentiu a faixa da linha de chegada rasgar em contato com seu peito.

Caiu no chão. Aos poucos foi perdendo a consciência. Já quase desmaiado, escutou passos de pessoas correndo ao seu encontro. Sua vista escureceu. A respiração parou.

Ele morreu, mas entrou para a história como o homem mais veloz do mundo, tendo batido seu próprio recorde, um recorde praticamente impossível de se vencer. O preço da vitória, porém, foi alto, já que para ganhar de si mesmo, teve que perder a vida...

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NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

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FUNÇÕES DE MÃE

FUNÇÕES DE MÃE
(Autor: Antonio Brás Constante)

Vou falar de uma pessoa que é única em suas várias profissões: a nossa Mãe. Vocês já pararam para pensar em quantas atividades ela é capaz de desempenhar para cuidar de seus filhos? Pois vou elencar algumas:

Ela foi nossa primeira enfermeira, médica e curandeira, amenizando nossas dores e baldas com massagens, chás e beijos mágicos, desses que curam qualquer mal. Em outras ocasiões simplesmente trocou as nossas fraldas.

Mesmo sem muitas vezes ter um alto grau de instrução, conseguiu ser poliglota e entender nossos resmungos, choros e gemidos babados, decifrando quais foram de fome, sono ou de manha. Desempenhando os afazeres de cozinheira, babá e faxineira entre outras tantas funções que por ela clamavam.

A mãe foi nossa cantora exclusiva, conselheira, amiga. Aquela que doou sua vida para servir a nossa. Conseguia elevar nossa criatividade infantil, transformando nossa cabeça em um porta-aviões maluco, arremessando aviões em forma de colher para entrar e pousar ali. Com direito a ruídos cuspidos dos rasantes das aeronaves, nos deixando espantados e encantados, passando a abrir a boca com mais vontade.

Seu colo nos serviu de cama, de coberta e de lugar seguro. Também foi nossa primeira professora, nos ensinando a descobrir sobre tudo que se passava em nosso pequeno mundo.

Suportou calada as suas tristezas, os sofrimentos da vida, a lida diária de escrava e senhora do lar. Estampando um sorriso carinhoso. Atenta aos nossos problemas, nossas dúvidas. Sendo parceira de nossas alegrias e desencantos. Guardando para si seus próprios prantos.

Enfim, crescemos embalados pelo amor de mãe e tomamos nossos rumos, deixando para trás aquela frágil figura, que sempre nos serve como abrigo seguro quando a vida nos fere e precisamos aos seus braços retornar, nos recarregando de seu infinito amor, de seus afagos, da bondade de seu olhar.

Criamos um dia somente seu Mãe, tentando compensar os tantos anos de sua dedicação por nós. Neste dia, lhe homenageamos com flores, cartões e beijos. E eu lhe deixo este texto como uma humilde prova de amor, dando minha contribuição como pretenso aprendiz de escritor, desejando um feliz dia das mães para você e para todas as mães do mundo. Parabéns pelo seu dia.

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domingo, 19 de abril de 2009

ENQUANTO O MUNDO TREME A HUMANIDADE PADECE

ENQUANTO O MUNDO TREME A HUMANIDADE PADECE
(Autor: Antonio Brás Constante)

Um novo terremoto aconteceu na Itália, e quando a terra treme é a humanidade que padece. Tremores que enterram esperanças e pessoas em toneladas de entulho. Tremores que aguçam nossos temores. Trememos frente à força descomunal desses terrores denominados de tremores.

Não é á toa que entre os maiores desastres naturais causadores de mortes ao longo da história estão os terremotos, e em alguns casos os seus primos, os maremotos também conhecidos por alguns como tsunamis.

O ser humano parece que tem problemas com placas. Sejam elas placas de trânsito, placas bacterianas, plaquetas no sangue (que também não deixam de ser placas), ou neste caso as chamadas placas tectônicas, que são formações de rochas subterrâneas. Quando estas placas se movem, todo mundo literalmente dança ao ritmo catastrófico de seu deslocamento.

Na realidade o que choca é quando essas gigantescas rochas ocultas aos olhos se chocam, ou se afastam ou ainda quando resolvem fazer outro movimento qualquer, de forma inesperada e brusca, causando os tais abalos sísmicos, que literalmente abalam qualquer estrutura.

Grandes prédios caem como se fossem frágeis castelos de cartas de baralho, dessas que as cartomantes não usam. O mundo ao redor parece enlouquecer, ganhar vida, apenas para levar tantos a morte. Não há para onde correr, ou mesmo se esconder. O que antes era solo firme, vira um pandemônio que estremece a sanidade, levando qualquer um as ruínas da loucura.

Os abalos são similares a espasmos em um corpo doente. Um corpo que parece tentar alertar que também está de certa forma vivo e merece respeito, já que parasitamos sobre seu peito indefeso. Mas seu apelo justo torna-se injusto frente ao sofrimento causado há tantas almas inocentes, vitimas de seu estrondoso gesto fulminante. O tecido da realidade se rasga, dobrando-se aos caprichos dessas convulsões no seio da própria terra, que um dia nos espera para em seu ventre eternamente repousar.

Em momentos como este compreendemos que todas as nossas ações que por tanto tempo vêem prejudicando e destruindo este mundo, não são nada se comparadas ao simples ato de tremer deste mesmo mundo (em qualquer um de seus vastos recantos). Habitamos em um planeta, mas mal percebemos suas existência, e seguimos caminhando apressados, sem olhar na face onde pisamos, até ser tarde demais.

EM TEMPO: Depois de tanto tempo acreditando e reclamando que os políticos deste Brasil não ligavam para nada, recebemos uma conta de celular de um de seus filhos, nos lembrando que é muito pior quando eles ligam... (E pior ainda é saber que este fato é apenas um grão de areia em meio ao deserto de imoralidades que acontecem na política).

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sexta-feira, 10 de abril de 2009

JORNAIS X RELIGIÕES

JORNAIS X RELIGIÕES
(Autor: Antonio Brás Constante)

Jornais e religiões, tão diferentes e distantes, mas ao mesmo tempo tão próximos e similares. De um lado temos os jornais, que visam difundir a verdade através de seus veículos de comunicação. Mostram o mundo como realmente o mundo é (pelo menos é o que se espera deles). Estão sempre em busca de notícias, de furos de reportagem, tentando desvendar cada novo mistério que aparece, transformando-o em notícia. Rodam o mundo colhendo palavras e fatos para suas matérias e capas.

Do outro lado temos as religiões, tentando divulgar a verdade através de suas crenças. Mostram o outro mundo como acreditam que o outro mundo realmente é. Estão sempre em busca de milagres, de atos de fé, procurando espalhar cada novo fenômeno religioso que aparece como um mistério a ser adorado, fortalecendo as bases de seus ensinamentos. Rodam o mundo pregando a palavra de suas religiões.

Enquanto muitas pessoas utilizam a religião para confessar suas verdades e pecados sob juramento de que nada será divulgado, outros buscam os jornais para falar de verdades e pecados ocorridos, transformando-os em fatos, esperando que eles sejam divulgados para o maior número possível de pessoas.

Nas religiões o ser humano busca conhecer a um Deus que lhe mostre o caminho, que lhe proteja das maldades do mundo, que traga conforto para suas tristezas e lhe ajude em suas necessidades. Já nos jornais as pessoas buscam conhecer o mundo que as cerca, tomando ciência das maldades que acontecem e também dos atos de nobreza. Através de suas notícias pode-se encontrar o reconforto de saber que a justiça foi feita em determinados casos, ou ficar inconformado com as injustiças que ocorreram em outros tantos, que continuam sem solução. Diretamente a informação ali contida talvez não atenda as necessidades do leitor, mas mostra caminhos, abre oportunidades, esclarece, e até diverte, com variados textos, que entre seus assuntos fazem até analogias sobre jornais e religiões. A propósito, outros textos deste autor podem ser encontrados em: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

As pessoas costumam ir aos templos de sua preferência para ouvir alguma boa nova a respeito da fé que praticam. Algo que lhes prepare e estimule para servir a divindade que adoram. As religiões possuem dogmas que devem ser cumpridos para que seus seguidores sejam considerados verdadeiros fiéis.

Os jornais vão até as pessoas levando boas novas, assuntos gerais, e até muitas notícias ruins, deixando-as preparadas como cidadãos do mundo, indivíduos que poderão servir de forma produtiva a sociedade. Esses veículos de comunicação possuem matérias que cumprem um papel social, tornando os leitores, fiéis ao seu conteúdo informativo.

Enfim, no decorrer da história às religiões têm buscado divulgar suas verdades universais através de livros que consideram sagrados, e que se mantém inalterados através dos séculos, com a premissa de salvar almas através de um caminho de luz. Em contra partida encontramos o jornalismo, que divulga os fatos mundiais através de seus cadernos (política, esportes, ciência, etc), que são renovados todos os dias, pesquisando novas verdades, cujo objetivo principal é mostrar os muitos caminhos de luz e trevas que existem, deixando para cada um a decisão de escolher por onde querem seguir.

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domingo, 5 de abril de 2009

CANHOTOS (OS DIREITOS DOS ESQUERDOS)

CANHOTOS (OS DIREITOS DOS ESQUERDOS)
(Autor: Antonio Brás Constante)

O mundo não foi feito para os canhotos, ou talvez, os canhotos não tenham sido feitos para este mundo. Basta olhar ao redor para notar que desde os relógios e violões até classes de universidades foram projetadas e criadas, em sua maioria, para os destros.

Alguns canhotos não conseguem escrever com a mão esquerda, mas este fenômeno tende a acontecer apenas com os que ainda são analfabetos. Em tempos mais remotos, a vida não era muito fácil para os usuários do lado esquerdo. Quem demonstrava predisposição em ser canhoto, tinha a mão esquerda amarrada e era obrigado a aprender a escrever com a direita (podendo sofrer sequelas). Outros eram queimados, por se achar que ser canhoto era um indício de bruxaria, ou de pacto com o demônio. Aliás, no próprio dicionário a expressão: “canhoto” é uma das formas de se referir ao diabo.

Não é á toa que as palavras: “esquerdo” e “canhoto”, dispõe em muitos casos de conotações pejorativas em seu uso, até pelo simples fato de serem o oposto do que é direito, já que o homem pode ser uma pessoa honesta, direita... Ou não. Se o dia está sendo péssimo, talvez seja porque a pessoa acordou com o pé esquerdo.

Mas em meio a tantos fatos ruins para esta turminha que pensa com a direita e por isso acaba usando a esquerda, tenho uma notícia boa. Li uma matéria publicada há algum tempo atrás (Revista ISTO É nº 1971 de 08.08.2007), onde dizia que foi descoberto um tal gene denominado LRRTM1 (talvez a razão deste amontoado de consoantes para expressar o nome do gene seja porque todos os nomes legais já tenham sido usados) causador da inversão de lados (direito e esquerdo) e que daria uma ligeira vantagem em algumas atividades para os canhotos, principalmente aquelas envolvendo a criatividade. Em contrapartida este gene também poderia levar a pessoa a ter doenças psicóticas, como a esquizofrenia, por exemplo. Ainda assim, a incidência destas doenças não é menor entre os destros, conforme também descrito no mesmo artigo.

De qualquer modo vale lembrar de alguns nomes de canhotos famosos (ou nem tanto), que entraram para história (ou ainda estão tentando), são eles: Barak Obama, Albert Eisten, Madona, Ayrton Senna, Tom Cruise, Angelina Jolie, Charlie Chaplin, Antonio Brás Constante (quem é esse cara?), Machado de Assis, Jimi Hendrix, Julia Roberts, Pablo Picasso, Milene Suzel Nepomoceno Piva, Michelangelo, Napoleão Bonaparte e Leonardo da Vinci, entre outros.

Nos dias de hoje, ao menos na arte da escrita informatizada, já não existem mais destros ou canhotos, pois as duas mãos dançam igualmente em cima do teclado. Enfim, independente do indivíduo ser destro ou canhoto, amarelo, rosado ou negro, baixo ou alto, religioso ou ateu, o que realmente deveria importar é o que fazemos de bom e útil com nossas mãos, com nosso corpo, com nossa mente e com nossa alma. Um abraço afetuoso não necessita de lado, pois sempre utiliza as duas mãos.

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