sábado, 30 de julho de 2011

SPAMS (Sistema Pentelho e Automatizado de Mensagens Superirritantes) - Autor: Antonio Brás Constante

 

SPAMS (Sistema Pentelho e Automatizado de Mensagens Superirritantes)

Autor: Antonio Brás Constante

 

Uma das grandes desvantagens em escrever para muitos lugares é que seu e-mail de contato fica exposto para o mundo (como alguém que foi surfar pelado em uma praia de nudismo e acabou perdido no oceano, tendo seu resgate televisionado para o planeta inteiro). Com toda essa exposição, um endereço eletrônico como o meu, por exemplo, acaba sendo capturado ao bel prazer dos oportunistas e indo parar em vários pacotes de e-mails, desses oferecidos para quem quiser comprar. O resultado é uma enxurrada de Spams recebidos todo santo dia, e até mesmo em dias santos.

 

Conforme informações pesquisadas através da dobradinha (Google/Wikipédia) o termo Spam é a abreviação em inglês de “spiced ham” (presunto condimentado), e denomina uma mensagem eletrônica não-solicitada enviada em massa (e como todos sabem, presunto condimentado com massa pode até ser bom para alguns na culinária, mas no mundo virtual acaba sendo uma bela porcaria). A origem do termo SPAM tem a ver com a tal especiaria presuntadamente condimentada, que acabou virando um quadro de humor do antigo grupo de humoristas ingleses Monty Python (eu era e ainda sou fã desses caras), e se imortalizou como a expressão que define mensagens chatas.

 

Uma das mensagens de Spams que mais recebo é o tal alongamento peniano, e fico imaginando porque cargas d’água este povo acha que meu pobre pênis é tão insignificante que precisa ser aumentado? O pior é para as coitadas das minhas duas tias de Tucuruí, que nem pênis tem (pelo menos eu acho que elas não têm), e também ficam recebendo este tipo de mensagens.

 

Existem Spams de todos os tipos, gostos e desgostos. Tem os maliciosos (na pior das interpretações), que vem com recheio de: vírus, worns “vermes”, e trojans (cavalo de tróia – muito usado para pegar informações dos computadores), entre outros (todos prontos para prejudicar o usuário em algum sentido - às vezes sem sentido). Os que são apenas chatos, e outros ainda que parecem dizer que estão achando que você é um total débil mental, para acreditar no que está escrito ali. Mas de modo geral são mensagens vendendo toda sorte ou azar de produtos, oferecendo planos, viagens, suplementos. Etc.

 

Alguns spams chegam a prometer que tomando isto ou aquilo a pessoa poderá emagrecer até DEZ VEZES o seu peso em gordura, ficando reduzida ao tamanho de um coelho ou talvez voltando ao corpo que possuía quando tinha uns seis ou sete anos de idade. Nessas mensagens inoportunas chegam inclusive a lhe oferecer listas com milhões de e-mails para que você também possa passar spams aos seus semelhantes, tornando-se um odiado SPAMMER, e assim esperar de braços abertos que milhões de pessoas que não te conhecem, possam vir a ter sentimentos de ódio, aversão e raiva por você.

 

Os spams vão entupindo sua caixa de e-mails e lhe dando espasmos de cólera pela trabalheira em se ficar toda hora selecionando estas mensagens e deletando, e deletando, e deletando, e excluindo, e explodindo de raiva, e limpando, e xingando (não somente a mãe, mas toda árvore genealógica do imbecil e celerado repassador de spams), e deletando repetidas e repetidas vezes, novamente, outra vez e de novo. Até enlouquecer e resolver escrever um texto sobre isso.

 

Existem dois tipos de Spammers (ao menos que eu lembre neste momento), um deles é o tipo intencional, ou seja, um cretino compra uma lista com um pacote de e-mails e fica enchendo o saco dos usuários enviando mensagens comerciais para todos eles. Porém, existe um segundo tipo de Spammer, que é aquele indivíduo que recebe correntes e notícias falsas (conhecidas como: Hoax [você não poderia morrer sem saber disto {mas agora você já pode...}]), e fica repassando-as, lotando a caixa de mensagens de seus conhecidos com todo tipo de porcarias. Neste caso estas pessoas que poderiam ser denominadas como: “Maria vai com as outras” fazem isso com a melhor das intenções, achando que estão prestando algum tipo de serviço social ou algo parecido.

 

Enfim, em terras virtuais de SPAMS, quem tem um bom filtro de e-mails se dá bem. Agora, por favor, esqueça tudo que escrevi sobre evitar repassar e-mails, e envie esta singela mensagem para todo mundo de sua lista, ok? Por um motivo bem simples: Bons e-mails estão em falta por aí, e não devemos, em hipótese alguma, privar as pessoas deles (te convenci? Não? Tudo bem, eu continuo amando loucamente você, minha loira deliciosa dos olhos cor de mel [O quê? Você não é uma loira deliciosa de olhos cor de mel? Tudo bem, também amo você {Porém, não tanto assim...}]).

 

NOVA NOTA DO AUTOR: Produzi um filme no Youtube (escrito, dirigido e encenado por este eterno aprendiz de escritor), se quiser assistir ao filme e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” (o filme foi feito em padrão 3D). Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”. O livro impresso está disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br). Se quiser fazer parte de minha lista de leitores, para receber semanalmente meus textos, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

Site: abrasc.blogspot.com

 

ULTIMA DICA: Divulgue este texto aos seus amigos (vale tudo, o blog da titia, o Orkut do cunhado, o MSN do vizinho, o importante é espalhar cada texto como sementes ao vento). Mas, caso não goste, tenha o prazer de divulgá-lo aos seus inimigos (entenda-se como inimigo, todo e qualquer desafeto ou chato que por ventura faça parte de um pedaço de sua vida ou tente fazer sua vida em pedaços).

 

 

sexta-feira, 22 de julho de 2011

BARATAS E BARATOS (do chinelo a chinelada) - (Autor: Antonio Brás Constante)

BARATAS E BARATOS (do chinelo a chinelada)

(Autor: Antonio Brás Constante)

 

Apesar de toda discórdia entre os povos, que muitas vezes utilizam utensílios como a pólvora para fazer valer seus pontos de vista, nem que isto cegue a vista dos outros. Apesar de toda diversidade de opiniões, que em tantas ocasiões são vociferadas em cuspe, falando inclusive de paz, em suas palavras carregadas com tons de guerra. Apesar de toda gama de idéias que destroem ideais, e que geralmente retumbam na impossibilidade diálogos, elevando a zero as chances de consenso sobre qualquer assunto. Em uma coisa todos concordam, as baratas não são e nunca foram o maior barato do mundo.

 

Mas querem saber de uma coisa? Posso lhes afirmar que todas aquelas baratinhas asquerosas e covardemente corajosas (pois parecem tirar vantagem do asco que sentimos delas), não estão nem aí para nossos consensos ou pensamentos sobre elas. As baratas estão antenadas em outra coisa muito mais importante: a própria sobrevivência.

 

Com suas asinhas de anjo (que não parecem asas de anjo, mas servem para voar do mesmo modo) e seu jeitinho de demônios das profundezas gargulescas de algum inamistoso inferno, as baratas se espalharam, invadiram e dominaram muitas áreas do mundo (incluindo banheiros, quartos e cozinhas também), sem a necessidade de utilizar qualquer bomba para alcançar este intento e sem nem mesmo saber o que significa a palavra “intento”. Pois elas apenas seguem uma das premissas básicas, sugeridas ao próprio homem, ou seja: “crescei e mutiplicai-vos”.

 

As baratas sobrevivem até aos explosivos holocaustos nucleares que rolaram por aí, mandando muita coisa pelos ares. E ainda temos a inocente pretensão de tentar exterminá-las na base da chinelada. E continuamos produzindo cada vez mais chinelos para nos calçarmos e subconscientemente nos armarmos contra esses batalhões de baratas. E nada melhor do que uma boa feira de ofertas para comprarmos chinelos em promoção, sem gastarmos um montão.

 

Mas algumas pessoas acham que lugares onde os produtos são baratos estão impregnados de baratas. Outros já alegam que o barato sai caro, mas continuam adquirindo CDs piratas, peças roubadas para deixar seu carrinho maneiro, e se bobear, até peças falsificadas para usarem em seus banheiros.

 

De um modo geral as pessoas gostam do barato, pois economizam seus trocados. Outras gostam do barato advindo da bebida, das drogas, da aventura (bons e maus baratos). E no quesito aventura, um grande aliado é a resistência para curtir estas fortes emoções. Talvez aí resida um dos baratos da barata, conseguir suportar muito mais do que nós, seres humanos. Ela (a repugnante barata) consegue ficar uma hora ou até mais copulando (no rala-e-rola com roça-roça, no chamegão do balakubako, no esfrega-esfrega fazendo um canguru perneta com outra igualmente repugnante barata, entendeu ou quer que eu desenhe?), enquanto o ser humano de modo geral não chega nem perto da sombra disso.

 

A barata agüenta ficar o dobro do tempo de um ser humano sem água, e consegue ficar mais de 30 minutos submersa (o campeão de apnéia de 2008 conseguiu ficar pouco mais de 14 minutos embaixo d’água). As baratas conseguem viver até um mês sem a cabeça, mas se levarmos em conta que muitos humanos nunca usam a cabeça, isto até que não é tão incrível assim.

 

Por outro lado, em alguns casos o ser humano consegue se sobressair aos feitos das baratas, por exemplo, a barata consegue ficar em média até 30 dias sem comer, mas os brasileiros em sua grande maioria conseguem ficar uma vida inteira sobrevivendo apenas com um salário mínimo (às vezes nem isso), algo que nos dá um certo respeito (muita dó, e até uma boa dose de pena) por parte das baratas que conhecem a realidade brasileira.

 

Enfim (gosto de terminar meus textos com esta expressão), o maior barato da barata parece ser demonstrar aos humanos que elas vieram para ficar, afinal a barata é uma guerreira, sobreviveu desde tempos imemoriais, sem receber qualquer memorial por isso, passando por calamidades pelas quais poucos seres vivos resistiriam. Elas chegaram aqui muito antes de nós, e agora sofrem chineladas, jatos de spray, e armadilhas de veneno, mas provavelmente acabarão vivendo por aqui muito tempo depois que nossa raça já tiver sido extinta, ou talvez não, já que o ser humano tem uma mania chata de querer se destruir aniquilando e arrastando todo o resto do planeta junto.

 

NOVA NOTA DO AUTOR: Produzi um filme no Youtube (escrito, dirigido e encenado por este eterno aprendiz de escritor), se quiser assistir ao filme e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” (o filme foi feito em padrão 3D). Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”. O livro impresso está disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br). Se quiser fazer parte de minha lista de leitores, para receber semanalmente meus textos, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

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sábado, 16 de julho de 2011

TUDO JUNTO, MISTURADO (E FELIZES PARA SEMPRE). - (Autor: Antonio Brás Constante)

TUDO JUNTO, MISTURADO (E FELIZES PARA SEMPRE).

(Autor: Antonio Brás Constante)

 

Era uma vez uma linda princesa chamada Chapeuzinho vermelho (princesa?). Ela seguia pela floresta encantada levando guloseimas para ajudar a terminar de construir a casa feita de doces onde morava sua madrasta com as duas filhas (não era bem assim a história da chapeuzinho, e ela não era princesa...).

 

Infelizmente a doce chapeuzinho que levava doces tão doces quanto a doce chapeuzinho, foi surpreendida na floresta pela presença sinistra dos três porquinhos, um deles representando o passado, na forma de um leão covarde, o outro o presente todo feito de lata e o terceiro, o futuro, coberto de palha.

 

Eles aparecerem do nada e começaram a falar com a princesa Chapeuzinho (caramba! Eu já disse que ela NÃO É UMA PRINCESA!!!). Err... Bem, continuando a história, chapeuzinho pegou algumas guloseimas da sua cesta que eram na verdade ovos de páscoa, produzidos pela galinha dos ovos de ouro... (CHEGA! Isso é um absurdo! Está tudo errado!!!). Meus queridos leitores, eu vou dar uma pequena pausa neste lindo texto para ter uma conversinha nada amigável com meu outro “eu” que fica falando entre parênteses, e que está nos aborrecendo e já volto, ok? (oh, oh, a chapa vai esquentar...).

 

P@W! CRACH! THUMM! AU AU AU! BUMM! POCOTÓ, POCOTÓ, POCOTÓ! PÓIN! POW! PAF! HILARE-LARE-Ê-HÔ-HÔ-HÔ, PLUC-PLAC-ZUMMM! TÓF! CÓF!CÓF! [C4LM4 G3NT3, NÃ0 53 PR30CUP3M, 35735 5Ã0 4P3N45 50N5 73X7U415 D3 UM4 8R164 (3U 4CH0). N4D4 MU1T0 V10L3N70 (4551M 35P3R0...). G0574R14 D3 4PR0V3174R QU3 3N7R31 N35T3 51N63L0 73X70 P4R4 3NVI4R UM 6R4ND3 48R4Ç0 4 M1NH4 MÃ3, M1NH45 7145 QU3 M0R4M 3M 7URUCUÍ 3 M4ND4R UM “01” P4R4 M3U5 7R35 P00DL35 B3LG45, QU3 NÃ0 D3V3M 35T4R L3ND0 3573 73X70 460R4, M45 QU3 53MPR3 L473M 4N1M4D05 QU4ND0 CH360 3M C454. 0P5, 4CH0 QU3 4 BR164 73RM1N0U...FU1!] {E você, leitora(-a)? Conseguiu ler este parágrafo?}.

 

Voltei, agora sem a presença incomoda do ID, EGO, SUPEREGO, ou de qualquer outra voz interior metida a engraçadinha. Mas como ia dizendo, chapeuzinho vermelho seguia alegre e sorridente pela estrada de tijolos amarelos, mas sua cesta de guloseimas acabou atraindo um estranho urso chamado Zé Colméia, que também usava chapéu (só que ao invés de ser vermelho, era tão ridículo que deixaria qualquer um vermelho ao usá-lo). O ursão, que estava pelado, era peludo, e gostava da Rússia, mas não era de pelúcia, bem que tentou surrupiar a tal cesta, mas acabou encontrando pelo caminho seu amigo Maguila o Gorila, que havia ganhado uma banana atuando em desenhos animados, e com a ajuda de Don Quixote e Pepe Legal, construiu uma arca voadora, convidando o Zé para viajar pelo mundo junto com eles.

 

Enquanto isso, muito longe dali, o Lobo Mau, que estava fazendo uma ponta como dublê no filme Crepúsculo, pediu ao seu primo bastardo, o lobisomem, para dar cabo da menina, não por maldade, mas para que a história pudesse ter um pouco de emoção.

 

A temível criatura Lupina andou pelo bosque encantado de Nárnia, incansavelmente, até finalmente encontrar a figura de chapéu vermelho, caçando ela por horas até descobrir que estava perseguindo o Saci Pererê, que usava carapuça vermelha e adorava pregar peças, até mesmo em outros seres sobrenaturais.

 

Chapeuzinho seguia pela floresta, pisando na trilha de pão deixada por João e Maria, e determinada a ir ao infinito e além se fosse preciso, ou mesmo se preciso fosse. Ela não encontrou a casa de sua vovozinha, pois a casa havia saído voando presa a balões coloridos, em altas aventuras. A menina, muito cansada, sentou embaixo de uma árvore de Baobás e ali conheceu um pequeno príncipe, e viveram felizes para sempre no reino de tão tão distante.

 

Mas o fato principal de toda está história maluca é que nenhum dos personagens (e nem o autor do texto, podem acreditar) usa, usava ou usou quaisquer tipos de drogas. Pois para pirar, viajar, viver e sonhar basta apenas abrirmos a mente, deixando a imaginação rolar solta. “É fácil se você tentar. Nenhum inferno abaixo de nós. Acima de nós apenas o céu...” [John Lennon]. P.S: Se você conseguiu ler o quarto parágrafo, parabéns, sua mente esta apta para viajar muuuuito longe...

 

NOVA NOTA DO AUTOR: Produzi um filme no Youtube (escrito, dirigido e encenado por este eterno aprendiz de escritor), se quiser assistir ao filme e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” (o filme foi feito em padrão 3D). Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”. O livro impresso está disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br). Se quiser fazer parte de minha lista de leitores, para receber semanalmente meus textos, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

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sábado, 9 de julho de 2011

APEDEUTA - (Autor: Antonio Brás Constante)

APEDEUTA (eu, tu, ele, nós, vós ou eles?)

(Autor: Antonio Brás Constante)

 

Meia-noite de domingo. Frio pra chuchu aqui na região sul (continuo sem saber o que o chuchu tem de especial para descrever algo tão frio quanto o clima de inverno aqui do sul). Estou soterrado sob camadas de cobertores. A cama parecendo uma lasanha quentinha, onde eu seria parte do recheio (um tipo de azeitona ou coisa parecida).

 

Seria um momento ótimo para qualquer um dormir, sonhar, talvez roncar. Mas algo me impedia de adormecer, talvez o motivo fosse porque dormi até as dez horas da manhã daquele domingo frio (tendo ido dormir antes das vinte e três horas da noite anterior), ou talvez ainda, as outras três horas de sono tiradas por mim na tarde daquele mesmo domingo, ou talvez ainda mais, tenha sido a xícara super quente de café que bebi antes de deitar (ou teriam sido três xícaras?). Sinceramente não sei dizer, não sou especialista em insônia, sou apenas um usuário ocasional escolhido por ela.

 

O problema de se estar deitado na cama sem conseguir dormir é que os pensamentos aparecem para nos fazer visitas, bater um papinho e dificultar ainda mais a chegada do sono. E foi assim do nada que a tal palavra apareceu em meus pensamentos: APEDEUTA.

 

Não me lembro de onde escutei, o que era, por que veio e, principalmente, o que queria comigo naquele momento, onde meu maior objetivo era dormir, sonhar, blá, blá, blá. E não descobrir o que raios era um apedeuta.

 

Seria meu subconsciente me Xingando? Acho que sim, a expressão “apedeuta” tinha toda sonoridade de um xingamento. Um tipo de palavrão requintado, que ofendia o caluniado duas vezes, primeiramente pela ignorância de não se saber o que aquilo significava, e segundamente (o texto é meu e escrevo “segundamente” a hora que eu quiser, ok?), quando a pessoa finalmente olhasse o dicionário e descobrisse do que foi ofendida.

 

Eu poderia, teoricamente, acabar com aquela dúvida facilmente (mas na prática as coisas nunca são tão fáceis assim). Bastava me levantar da cama quentinha e enfrentar um frio glacial indo até o escritório, tropeçando no que encontrasse pela frente (durmo, ou pelo menos tento dormir no breu escuro da mais completa escuridão), pegar o dicionário, acender a luz do escritório, ou vice-versa, o que fosse mais fácil, e procurar a palavra enquanto tremia de frio e batia os dentes de forma descontrolada.

 

Apesar de naquele momento não saber ainda o significado da palavra (pois neste meu momento atual enquanto escrevo, que não é o seu momento atual de leitor, eu já fui verificar no dicionário o que era um apedeuta), de certo modo eu simpatizava com a tal palavrinha, afinal ela também começava com “a”, de Antonio, “a” de amor, “a” de amizade, “a” de helicóptero (que mesmo não tendo “a” no corpo de sua palavra, tem “a” nos acentos, nas alavancas, e até em sua aerodinâmica de aviãozinho de rosca). Acabei dormindo sem descobrir ou tentar descobrir o que era um apedeuta, já que fiquei com tanta preguiça de levantar no frio que adormeci.

 

Enfim, pesquisando nos dicionários da web descobri que eu era um apedeuta, não um apedeuta completo, mas um apedeuta em saber o significado de apedeuta. Para quem também não sabe, apedeuta seria uma pessoa ignorante, sem instrução. Ou seja, todos somos apedeutas em maior ou menor grau (e os fabricantes de dicionários agradecem por isso), já que ninguém sabe tudo sobre tudo. FIM (Final, terminou, encerrou, acabou o texto, vai procurar outra coisa para ler ou fazer, ok? Senão vão acabar chamando você de improfícuo. Bye).

 

NOVA NOTA DO AUTOR: Produzi um filme no Youtube (escrito, dirigido e encenado por este eterno aprendiz de escritor), se quiser assistir ao filme e quem sabe dar boas risadas, basta acessar o Youtube e procurar por: “3D – Hoje é seu aniversário” (o filme foi feito em padrão 3D). Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do meu livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”. O livro impresso está disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br). Se quiser fazer parte de minha lista de leitores, para receber semanalmente meus textos, basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.

 

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

HUMOR - SOL e FRIO (tomou Doril e NÃO sumiu) - Autor: Antonio Brás Constante

HUMOR - SOL e FRIO (tomou Doril e NÃO sumiu)

Autor: Antonio Brás Constante

 

...A netinha então perguntou para sua vovozinha, muito velhinha e bondosa: “Vovó, quando a senhora nasceu o Sol já existia?”, e a vovozinha lhe respondeu cheia de ternura: “sim, minha netinha queridinha, por quê?”, a menininha, na inocência de sua tenra infância, arregalou os seus olhinhos brilhantes e disse: “NOOOOSSA!! COMO O SOL É VELHO!”. Alguns dizem que a anedota termina por aí, já outros juram que a tal avó arrancou a própria dentadura da boca e arremessou na cabeça da netinha malcriada. Mas essa introdução serve apenas para falarmos do maior rei anão que conhecemos: O nosso Sol (para quem não sabe, o Sol é uma estrela anã que fugiu do circo do infinito para brilhar em nosso sistema solar).

 

O Sol parece uma bola gorda e gigantesca (provavelmente deve até ter sofrido algum tipo de bulling após os acontecimentos do Big Bang, moldando assim o seu atual jeitão esquentadinho). Ele fica no espaço ocupando espaço de forma aparentemente sedentária, mas queima calorias como ninguém, e é graças as suas terríveis crises de gases que continuamos vivos aqui na Terra.

 

Algumas pessoas tiveram que queimar na fogueira da ignorância (porém, montada com madeira de verdade), para que o Sol ganhasse o destaque que merece como centro de nosso sistema solar, e apesar de não ser egocêntrico (esses sentimentos pequenos e desprezíveis pertencem a muitas das criaturas minúsculas que se acham grande coisa por aqui na nossa terrinha) ele é a principal peça do sistema heliocêntrico (para quem não sabe, heliocêntrico é como o seu Hélio chama o seu sistema de vendas de pipoca com gordura hidrogenada, que ele estoura e comercializa através de seu carrinho de pipoqueiro, localizado no centro da praça universal, em uma das periferias do bairro Via Láctea).

 

O Sol tem uma característica explosiva, e talvez por isso poucos amigos (apenas nove, sendo que um deles, Plutão, foi rebaixado para segunda divisão há alguns anos atrás). Eles ficam perambulando em volta do Sol como se estivessem brincando de ciranda (só que em uma espécie de fila indiana formada por bêbados) ou como moscas em volta de uma lâmpada acesa qualquer. Alguns desses planetas são acompanhados por seus filhotes, também conhecidos como satélites. É o caso da lua, que é filha da Terra (e a Terra, como muitos sabem, dispõe de muitos indivíduos que são verdadeiros filhos da mãe e outros que vivem no mundo da lua).

 

É através dos raios do Sol que nóis pega um bronzeado (estou me adequando as novas tendências e aderindo a linguagem popular, lembrando sempre que a principal expressão popular aqui no Brasil é o famoso “nóis fumo”, ou seja, “nóis fumo robadu”, “nóis fumo enganadu”, “nóis fumo sacaneadu”, mas no fundo nóis é tudo CB “Sangue Bom”). O Sol tem seu brilho próprio de verdadeira estrela em todas as suas dimensões, e quando nosso planeta lhe dá as costas (literalmente falando) é porque está na hora de irmos dormir um pouco, muitas vezes olhando para o céu e vendo a parentada celestial e brilhante de nosso astro-rei, pontilhada na negritude do espaço.

 

Mas é no inverno que sentimos mais falta do calor desumano do Sol, principalmente aqui no Sul, que não é o Pólo Sul, mas também é frio pra chuchu (não sei explicar porque o chuchu serve para exemplificar algo tão frio). Neste período do ano o cobertor frio do inverno cobre os habitantes bem ao sul do Equador em uma época em que Papai Noel ainda está hibernando no Pólo Norte ou quem sabe escravizando duendes e obrigando-os a fazerem brinquedos para as crianças do mundo, mas somente para aquelas que foram boazinhas o ano inteiro (provavelmente apenas uma meia dúzia).

 

Ao ser percebido através de uma visão cósmica, o clima frio que muitos lugares enfrentam é insignificante perante a força e majestade do esplendoroso Sol. Mas infelizmente esta insignificância nos dá calafrios quando notamos que ele, o clima frio, não está nem aí para isso tudo que acabei de escrever e nos faz tremer com suas baixas temperaturas, tão agressivas quanto qualquer golpe baixo em campeonatos de luta livre.

 

O Sol na imensidão fria do universo servindo de farol para nossa existência, intrinsecamente ligado a nossa tênue essência, lutando bravamente contra o frio que tantas vezes cerceia nossa temporária vivencia. Frio este também aplacado com o mate quente e amargo, servido em minha amada querência.

 

Buenas tchê! Já falei do Sol, já falei do frio, mas e o Doril? No caso do Doril, você pega ele, tira da embalagem, e depois você... Você... Você... Você, você, você, você, você, você (vamos lá gente, todo mundo fazendo a dança “Você, Você” do pânico na TV). Eu até ia terminar este texto falando alguma coisa sobre o Doril, mas agora a ideia sumiu...

 

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Licença Creative Commons - VIDEO DE HUMOR

<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/3.0/88x31.png" /></a><br />A obra <span xmlns:dct="http://purl.org/dc/terms/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/MovingImage" property="dct:title" rel="dct:type">3D - Hoje é seu aniversário</span> de <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="abrasc.blogspot.com" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Antonio Brás Constante</a> foi licenciada com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/">Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não Adaptada</a>.

LICENÇA CRETIVE COMMONS

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