sexta-feira, 13 de julho de 2007

RUIDOS DE COMUNICAÇÃO QUE NÃO SE OUVEM POR AÍ

RUIDOS DE COMUNICAÇÃO QUE NÃO SE OUVEM POR AÍ
(Antonio Brás Constante)

Os ruídos de comunicação são responsáveis por muitos dos problemas da humanidade. Fulano fala algo que beltrano não entende direito e quando os dois se dão conta, o pior já aconteceu. Seria como alguém dizer: “corta o fio verde primeiro”, e a outra pessoa que está com o alicate na mão (desarmando a bomba), entender: “corta o fio vermelho...”.
Um único erro de interpretação poderia mudar toda a história da humanidade. Para exemplificar esta hipótese, vamos exercitar um pouco nossa imaginação, voltando no tempo até a época de Noé, que era um homem bem relacionado no Céu e na Terra, e isto lhe garantia informações privilegiadas sobre a meteorologia, mesmo antes da existência dos telejornais. Para quem não sabe, Noé foi o precursor dos zoológicos, criando uma estrutura itinerante em forma de barco. Ele também poderia entrar para o livro dos recordes, como o maior colecionador de animais da história e também como o primeiro homem a sobreviver a um dilúvio.
Agora imagine ele, num derradeiro momento de distração, recebendo uma mensagem celestial do Todo Poderoso, dizendo que uma grande tempestade viria, e que por isso Noé deveria construir algo, em um determinado prazo, para proteger a si mesmo, sua família e todos os animais da Terra.
Era uma tarefa grandiosa, já que existiam espécies de animais em todos os cantos do planeta. Alguns no ártico, outros nos trópicos, outros ainda somente em ilhas isoladas. Mas, conforme sabemos, Noé encontrou um jeito de reuni-los. Algo que deve ter tomado quase todo seu tempo. Aquela correria também pode ter despertado comentários entre seus vizinhos, que acharam estranha a nova mania dele de colecionar bichos, porém, como ainda não era possível de se colecionar selos, resolveram deixá-lo em paz com suas excentricidades, causadas provavelmente pelo excesso de vinho em seus miolos.
Terminado o prazo, o grande Manda-chuva dos céus iniciaria o dilúvio (não estou me referindo a São Pedro e sim ao chefe dele, que talvez tenha recebido tal apelido depois deste evento), sabendo que a raça humana (ou no caso, a família de Noé) e todos os animais estariam a salvo. Mas antes, daria uma olhadinha em direção ao seu fiel seguidor, para ver se a bicharada estava se comportando direitinho. Para sua surpresa, o que “Ele” veria ao invés de uma arca seria um enorme guarda-chuva. Embaixo dele estaria o pobre Noé, rodeado de animais, com a cabeça seca e água até a cintura. Um fato que se realmente tivesse acontecido, teria sido considerado como um dos maiores lapsos da história, causando atrasos nos cronogramas celestiais, constrangimentos divinos, etc.
Enfim, os ruídos de comunicação existem e talvez sejam os principais culpados por clamarmos tanto por melhorias sociais, e nossos políticos entenderem sempre que as melhorias devem ser revertidas para eles mesmos, algo que somente é possível em um País onde o ruído de comunicação já começa na hora de efetivarmos nosso voto.
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(Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)

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Um comentário:

Anônimo disse...

Por que nao:)