Da boca de fumo a boca do caixa (ESTOURANDO TUDO)
(Autor: Antonio Brás Constante)
Nos primórdios de nossa existência éramos denominados apenas como “homo” (em uma época onde ainda não sabíamos o que significava “primórdios”, “existência”, “denominados” ou mesmo quaisquer outros tipos de expressões, visto que elas ainda não existiam), e dividíamos as árvores com nossos demais parentes primatas.
Depois fomos ficando pretensamente inteligentes e resolvemos adicionar o “sapiens” a nossa definição, tentando enfatizar e afirmar para nós mesmos que nos tornáramos criaturas inteligentes. Hoje em dia o homo já devidamente civilizado e pasteurizado perdeu a letra “H” e virou marca de sabão
O homem tem mania de estourar as coisas, alguns estouram o ventil, outros a camisinha ou ainda o horário de serviço, e por aí vai. Ao que parece tudo começou na China, com a invenção da pólvora, mas o gosto por explodir tudo teve inicio mesmo com as guerras. Para quem não percebeu, a guerra tem pontos em comum com o casamento, com pequenas diferenças. Por exemplo, enquanto no matrimonio duas pessoas se encontram para se tornarem uma, através dos enlaces dessa união, ou seja, no sentido figurado, na guerra outras duas pessoas se encontram e buscam também se tornarem apenas uma (no sentido literal da coisa).
O homem tem certo fascínio mesclado com preocupação por estouros, visto que a semelhança entre um acionista e uma gestante é que ambos entram em desespero quando descobrem que a bolsa estourou.
Primeiro foi à vez da lei e da ordem tentar detonar com a marginalidade, estourando desmanches, jogatinas e bocas de fumo, agora os ladrões resolveram dar o troco, mas ao invés de estourar a boca do balão, acharam mais lucrativo estourar agencias bancárias.
O indivíduo (endividado ou não, mas geralmente em dívida com a sociedade), junta alguns camaradas seus (tudo sangue bom – conforme comentários de possíveis vampiros), e mesmo não sendo ainda época de São João, resolvem formar uma quadrilha, provavelmente enquanto consomem uma erva, dessas que não se coloca no chimarrão.
Eles vão às agências, sem que tenham por lá conta corrente ou talão de cheques (já que a ideia deles não é estourar o limite do cheque especial), e munidos com bananas de dinamite visam obter uma banana de dinheiro.
O pior é que daqui a pouco estas pragas sociais vão começar a estourar escolas, ou até hospitais, extorquindo grana para não matar ninguém, ou quem sabe a sociedade acabe surtando de vez e ao invés do tradicional linchamento, passem a explodir prisões e celas nas cadeias, já que construir novas não parece estar resolvendo nada.
Porque uma coisa é certa, a paciência das pessoas tem um limite, e já que quatro meses por ano do nosso suado salário são pouco para se resolver a situação cada vez mais caótica da segurança (para não falar do resto), quem sabe substituir o dinheiro na cueca e meias dos nossos “representantes” por algum tipo de explosivo plástico, mandando eles para o inferno ao qual pertencem, não comece a moralizar esta zona onde vivemos, e assim o “Homo” pare de usar seu “sapiens” para lograr os outros.
NOTA DO AUTOR: Os amantes da leitura agora dispõem de um excelente portal chamado: www.skoob.com.br, funciona como uma rede social (tipo orkut), mas com ferramentas de leitura, tipo: Estante virtual para cadastrar seus livros, histórico de leitura, resenhas, etc. Quem quiser participar vai encontrar por lá o meu singelo livro “Hoje é seu aniversário”, não esqueçam de adicioná-lo em suas estantes, ok? Quem quiser também pode me pedir uma cópia em PDF do livro, ou para fazer parte de minha lista de leitores, que recebem semanalmente meus textos, para isso basta enviar um e-mail para: abrasc@terra.com.br.
SOBRE O AUTOR: Antonio Brás Constante se define como um eterno aprendiz de escritor, amigo e amante da musa inspiração. Lançou recentemente o livro: “Hoje é seu aniversário – PREPARE-SE”, disponível pela editora AGE (www.editoraage.com.br).
Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc
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