sábado, 20 de setembro de 2008

“ELES” E A TURMA DA MÔNICA

“ELES” E A TURMA DA MÔNICA
(Autor: Antonio Brás Constante)

No reino das analogias tudo é possível. Inclusive representar a política através dos personagens da turma da Mônica. Podemos começar com o famoso Cebolinha, alguém que comprovadamente nunca dirá algo errado, pois fala tudo “elado”. Como um ser político, até seu nome faria chorar, sempre articulando planos para desbancar quem estivesse com o poder na mão (um poder representado na forma de um coelhinho azul, chamado de Sansão). Porém, nas vezes em que conseguisse alcançar seu intento, na saberia o que fazer com ele, passando literalmente a ficar dando nós em orelhas de coelho.

Outro personagem influente nesse meio seria o Cascão, o tipo de político tradicional (que estupra, mas não mata), bem sujo e em harmonia com toda lama que envolve este meio. Alguém que não se envergonharia, nem esconderia isso de ninguém, estando sempre mancomunado com os tais cebolinhas de plantão, querendo se dar bem sem precisar abdicar das sujeiras nas quais está impregnado.

Não podemos esquecer da gulosa Magali, que pode ser definida como uma aliada do poder constituído, procurando tirar proveito dessa situação para se esbaldar em sua ganância interminável, devorando tudo que encontrar (para comprovar isso, basta lhe dar um cartão corporativo para ver o que acontece). Ela não parece ter escrúpulos, já que age sabendo que está segura, em uma situação privilegiada. No que depender de sua vontade, tudo sempre acabará em pizza.

A Mônica é a própria representação do poder governamental, que é utilizado com mãos de ferro por ela, atacando qualquer um que ouse se atravessar em seu caminho. Quem se arriscar acabará na mira de seu temível coelhinho felpudo. A Mônica (assim como o poder de um modo geral), parece estar inchada, gorda, com uma aparência não muito amigável.

Existem ainda outros personagens menos conhecidos, porém, não menos importantes, como por exemplo, o Anjinho, que se apresenta de forma 100% honesta, tentando auxiliar todo mundo, sempre ágil, carismático, beirando a perfeição. Ele é a conhecida imagem política em épocas eleitorais, com suas promessas que só poderiam ser cumpridas se ocorressem verdadeiros milagres.

O Franjinha é outro personagem do segundo escalão, assessora qualquer um dos lados, quer seja para manter seu status ou para receber vantagens para si. É geralmente através deste tipo de figura que as invenções (pacotes, impostos, decretos, etc) acontecem. Suas idéias surgem como algo incrível que, com o passar do tempo, se revelam desastrosas. Os políticos franjinhas são espertos e procuram não chamar muito a atenção, pois sabem se servir do poder trabalhando em seus bastidores.

Para terminar não podemos esquecer do carro chefe que move qualquer história infantil, que são as crianças, pois na visão política, o povo de modo geral parece ser uma criança alienada e indefesa. Uma população que vê através da mídia, toda uma história de corrupção política, sabendo que essas histórias vão continuar por muitas edições e eleições ainda, sem que aconteça um desejado final feliz.

E-mail: abrasc@terra.com.br

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